quinta-feira, 21 de novembro de 2013

OPINIÃO: Por que o The Voice é melhor que o Ídolos e Por que Brian May está redondamente enganado

O lendário guitarrista da banda inglesa Queen, Brian May, detonou o programa "The Voice", que na Inglaterra é exibida pela badalada BBC, e que tem versões espalhadas pelo mundo, incluindo a nossa terrinha.
Brian May be wrong...
Em seu site, ele esculachou a atração, dizendo que ela é deprimente: "Desculpem, detesto ser negativo, mas 'The Voice' é o programa mais entediante, mais burro, mais deprimente da TV. É o insulto definitivo à música e aos artistas. Toda vez que vejo alguns cantores jovens arrebentando suas tripas para tentar ganhar a atenção de alguém, que está sentado de maneira rude, virado de costas para eles...eu tenho nojo. A performance engloba TUDO que o artista oferece. Em voz, em som, em linguagem corporal, na expressão facial, no contato íntimo do olhar. Essa ideia muito estúpida de que alguém pode JULGAR um cantor ao virar as costas para ele, perdendo o contato completo, para mim não faz qualquer sentido. Espero que esse programa vil tenha um fim natural muito em breve".

Isso porque ele e o Queen pegaram um cara que era do American Idol pra cantar no Queen no lugar de Freddie Mercury e se deram mal! Mil vezes The Voice! Pelo menos o do Brasil, é claro. Os jurados Lulu Santos, Carlinhos Brown, Claudia Leitte e Daniel  podem até ficar sentados de maneira rude ouvindo alguém se esguelar, mas sabem reconhecer um bom talento e demonstram isso virando a cadeira, além de quase se matarem disputando uma bela voz. 
Melhoram e aprimoram o preparo vocal,a linguagem corporal, a expressão facial, o contato íntimo do olhar para que seus pupilos deem show nos duelos e quando alguém perde, mesmo indo muito bem, pode ser "pego" pelo outro técnico do programa. E nas fases ao vivo, vemos verdadeiros showmen e showomen arrasando no palco com tudo o que um verdadeiro ídolo precisa para se destacar, mas com um diferencial, que pode fazê-lo se destacar no meio de uma multidão de cantores que vemos e ouvimos por aí: uma bela voz.
Até gosto do Ídolos, principalmente na primeira fase, em que vão os candidatos que pagam mico cantando errado e muito mal, mas acho que ele não mantém o mesmo frescor nas fases seguintes. Fora que às vezes eu não entendo muito como é o critério de escolha (não assisti muitas edições, admito, mas soube que esses critérios mudam e que até os jurados discordaram uma vez de uma escolha feita pelo público). Acho uma pena (para os que se inscrevem) que o vencedor do programa não faz tanto sucesso assim. Eu me lembro de alguns vencedores, não me perguntem os nomes porque eu não sei, mas se eu soubesse seria porque eles teriam alcançado o objetivo oficial: ser o maior ídolo do Brasil.  
Adam Lambert e Brian May
Adam Lambert e Brian May
cantando no Queen
Talvez porque ainda não tenham alcançado a perfeição. Os vencedores do The Voice também não a alcançaram, muito menos os jurados de todos os programas dos países em que ganhou versões. Ela é impossível, mas pode-se chegar perto. E Freddie Mercury chegou perto.
Ele tinha tudo o que o Brian May falou. Voz, som, linguagem corporal, expressão facial, contato íntimo do olhar. E era excelente em tudo isso. Uma pena que tenha partido tão cedo. Mas, não acho que um de seus substitutos, Adam Lambert, que conquistou o vice campeonato do American Idol em 2009 (perdendo para Kris Allen que eu nunca tinha ouvido falar até agora), esteja tão próximo quanto Freddie estava. O próprio Adam falou que não queria substituir Freddie Mercury, mas mesmo que ele quisesse, não conseguiria. Pois o que o destacava dos outros artistas era a sua personalidade forte que ele conseguia imprimir em tudo o que fazia, e principalmente, a sua voz, que só mesmo ouvindo para chegar a uma melhor conclusão.

Aqui temos o clássico do Queen: Bohemian Rhapsody

E aqui temos Freddie cantando com Montserrat Caballe How Can I Go On

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