quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Felipe Massa é o piloto de Fórmula 1 mais azarado de todos os tempos?



O Brasil só tem um representante na Fórmula 1: Felipe Massa. E ele não vem conseguindo honrar a pátria que já gerou campeões como Emerson Fitipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, embora tenha tentado (e muito). Mas todos os revezes do brasileiro seriam apenas falta de sorte, falta de estrela ou falta de talento mesmo? O Besteiras Bestificantes tenta explicar.

Breve Histórico


Zacarias Felipe Massa nasceu no dia 25 de abril de 1981, em Botucatu (SP). Seus pais sempre o apoiaram, e aos nove anos ele já disputava competições de kart. Com 16, ele passou a trabalhar como ajudante de cozinheiro em Interlagos no período do GP do Brasil da F1, pra ir se acostumando com o ambiente. Mas, aos oito, ocorreu o fato mais curioso de sua infância: certa vez, ele encontrou o lendário piloto Ayrton Senna, e como todo aficionado por corrida, pediu-lhe um autógrafo. Mas, para a tristeza daquele menininho, seu ídolo respondeu NÃO. Aí, de pirraça, o pequeno Felipe passou a torcer pro Nelson Piquet.

Felipe passou pela Fórmula Chevrolet, Fórmula Renault, Fórmula 3 e Fórmula 3000 antes de chegar à Fórmula 1, em 2002. Ele foi contratado pela Ferrari, mas foi emprestado à Sauber naquele ano. No ano seguinte, não tinha vaga pro brasileiro, então ele ficou sendo piloto de testes até surgir outra vaga pela Sauber, ficando lá mais dois anos. Até que Rubens Barrichello anunciou sua saída da Ferrari e Felipe ficou com a vaga.

Pela equipe italiana, Felipe conquistou um terceiro lugar no mundial de pilotos (2006) e um vice-campeonato (2008). Venceu 11 corridas, fez 17 pole-positions e ficou 36 vezes no pódio. Ele ficou na Ferrari até o ano passado, quando não teve o contrato renovado. Aí, Felipe recebeu o convite da Williams, onde está neste ano, e já está garantido, juntamente com o companheiro de equipe Valteri Bottas, para o ano que vem.

Azares na Ferrari


O seu primeiro ano pela Ferrari mostrava que Felipe Massa teria uma carreira promissora: no dia 27 de agosto venceu sua primeira corrida na categoria, no Grande Prêmio da Turquia e no final do campeonato, ficou em terceiro lugar. No ano seguinte, ele se saiu melhor: venceu três corridas e chegou três vezes em 2º e três vezes em 3º, mas na última, no Brasil, ele estava ganhando, porém a equipe lhe mandou que desse seu lugar para Kimi Raikkonen, pois com essa vitória, o finlandês seria campeão. Assim aconteceu, e Felipe terminou a temporada em 4º.

Mas o ano de 2008 parecia ser dele. Parecia. Por quê? Porque naquele ano, Felipe estava fantástico, mesmo tendo abandonado as duas primeiras corridas (Austrália e Malásia), venceu as do Bahrein, Turquia, Mônaco, França, Europa e Bélgica, mas diversos fatores o atrapalharam.

  • No GP da Hungria, Felipe liderava, até que seu motor deu pití e o brasileiro teve que abandonar.
  • Em Mônaco, Felipe fez a pole, mas rodou e perdeu a liderança para Robert Kubica. Apostando em chuva até o final do GP, a Ferrari programou apenas uma parada para o brasileiro. Entretanto, a chuva parou, o asfalto secou e Massa foi obrigado a fazer um pit stop além do que fora previsto. Acabou a corrida em 3º lugar.
  • No GP da Cingapura de 2008, a Ferrari cometeu um erro grotesco e bizarro. No pit stop, a um dos mecânicos simplesmente esqueceu de tirar a mangueira de combustível antes do carro do Felipe sair.

E como esquecer a última corrida, em Interlagos? Felipe liderou de ponta a ponta, e para vencer o campeonato, precisava apenas que Hamilton chegasse em sexto. Felipe cruzou a linha de chegada em primeiro e como campeão do mundo. Mas a corrida ainda não tinha acabado, e na última volta, no último instante, o carro de Timo Glock, que estava em 5º, começou a pegar fogo e Lewis Hamilton o ultrapassou, vencendo o Mundial de Pilotos por apenas 1 ponto.

Até mesmo o tal escândalo “Cingapura Gate” afetou, segundo o próprio, no resultado daquele campeonato. Naquela ocasião, o chefe de escuderia da Renault, Flavio Briatore, e Pat Symonds ordenaram que Nelsinho Piquet batesse em um local do circuito onde seria necessário a entrada do safety car para remover seu carro, favorecendo assim seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, que venceu aquela corrida. Naquela corrida, Felipe Massa ficou em 13º, não ganhando nenhum ponto.

No ano seguinte, Felipe só conseguiu um terceiro lugar na Alemanha. Depois, nos treinos classificatórios para o GP da Hungria, uma mola se soltou do carro de Rubens Barrichello e acertou a cabeça do Felipe Massa, fazendo com que ele desmaiasse e batesse com o carro no muro de proteção. O brasileiro ficou nove dias internado Hospital Militar de Budapeste, onde foram diagnosticadas fraturas no crânio e uma pequena lesão cerebral. O piloto teve de passar por uma cirurgia e chegou a ficar em coma induzido e respirando com a ajuda de aparelhos. Felipe conseguiu se recuperar, mas só voltou a competir no ano seguinte.

A temporada 2010 também prometia para o brasileiro. No Grande Prêmio do Bahrein, ele chegou em 2º, na Austrália, Felipe conseguiu mais um pódio chegando na terceira colocação e chegou a assumir a liderança do mundial após chegar em 7º no Grande Prêmio da Malásia. Morreu aí. Depois, só veio desgraças: 

Na China, mais especificamente na 23ª volta, o safety car entrou na pista após um acidente, Massa ia à frente para o boxe, mas uma manobra de Fernando Alonso na entrada dos boxes provocou uma ultrapassagem que gerou críticas e um clima tenso na equipe. Felipe terminou a corrida em nono e Alonso em 4º.

Na Alemanha, houve mais um daqueles joguinhos de equipe que a Ferrari costuma fazer: Massa tinha assumido a ponta na largada e liderado a maior parte da prova, mas Alonso ficou buzinando no ouvido dos técnicos que ele era mais rápido, que ele devia ganhar essa corrida senão perderia o campeonato, blá blá blá, a equipe caiu na pilha e pediu a Felipe que cedesse a posição. Como manda quem pode, obedece quem tem juízo, Felipe deixou Alonso passar e vencer a prova. O ocorrido gerou muitas críticas, já que o regulamento proíbe "ordens de equipe que interfiram no resultado da corrida", e a Ferrari foi multada em US$ 100 mil, além de o caso ter sido encaminhado ao Conselho Mundial da FIA, mas não deu em nada.

Em 2011, Felipe teve um ano apagado: não conseguiu nenhum pódio, enquanto via o companheiro de equipe, Fernando Alonso, brilhar. Em 2012, ele estava ainda pior e corria o risco de ser chutado da escuderia, mas depois da pausa tradicional do meio do ano, Felipe se recuperou e conseguiu um segundo lugar no Japão. Mas a Ferrari o ferrou mais uma vez: No GP da Coreia Massa foi 4°, pois foi impedido de atacar seu companheiro Alonso que brigava pelo título. Na estreia da corrida de Austin na F1, Massa iria largar na frente de seu companheiro, mas a Ferrari, pensando num jogo de equipe, modificou o câmbio. Com isso, o piloto foi punido e perdeu 5 posições no grid. Na corrida ele foi 4°. E no Brasil, Felipe Massa terminou em 3°, após deixar Fernando Alonso passar para assumir a segunda posição.

Não foi à toa que o Pânico o apelidou de Felipe Passa.

¡Yo quiero passar, Felipito!

Atualmente...



Na Williams, sua vida não está sendo muito diferente. Veja algumas provas da zica que paira sobre o piloto brazuca:

GP da AUSTRÁLIA: Toda a ansiedade sobre como iria se sair Felipe Massa na Williams foi frustrada na primeira curva: Massa largou em nono lugar, mas acabou sendo atropelado pela Caterham de Kamui Kobayashi. Seria um aviso de que 2014 não é o ano dele? Vejamos...

GP da MALÁSIA: Depois de sobreviver à primeira volta do GP da Malásia, Massa precisava sobreviver também às ordens da equipe. O brasileiro ficou na frente de Valtteri Bottas na fase decisiva da prova, e a Williams não hesitou em pedir-lhe para deixar o companheiro passar Mas desta vez, Felipe era o primeiro piloto, tinha moral, deveria ser respeitado... Então, ele disse NÃO! E terminou em sétimo, na frente do finlandês. Será que isso iria se repetir?

GP do BAHREIN: Normal, Felipe começou em 7º, na largada passou para 3º, mas desperdiçou a chance que teve e cruzou a linha de chegada do mesmo jeito que largou, em sétimo. Azar ele não teve, será que foi o talento que faltou?

GP da CHINA: Logo na largada, Massa e Alonso, seu algoz na Ferrari, tocaram-se, num incidente que não fez muita diferença, mas desta vez, a vilã foi a Williams. Na 11ª volta, um erro da equipe inglesa estragou a prova de Massa. A roda não era fixada, o piloto brasileiro perdeu tempo no box, e acabou em 15º. E ainda viu seu companheiro de equipe Bottas pontuar, em 7º.

GP da ESPANHA: Nessa corrida, não teve nada demais. Massa largou em nono lugar, não conseguiu pontuar e foi apenas o 11º colocado, além de ver Bottas chegar em 5º.

GP de MÔNACO: Nesta corrida, o azar começou no treino: Durante a primeira qualificação, Massa deu passagem ao estreante Marcus Ericsson (Caterham), mas o sueco atrapalhou-se, bateu na Williams e acabou com o treino de Massa, que teve que largar em 16º e fazer uma corrida de recuperação até chegar em 7º.

GP do CANADÁ: Quando não é na primeira volta, é na última: Felipe Massa estava conseguindo um dos seus melhores desempenhos em muito tempo, no Canadá, num GP bem eletrizante. Até a última volta. Numa manobra que deixa dúvidas sobre a quem atribuir responsabilidades, Massa bateu em Sergio Pérez e acabou com os dois carros. Fim da linha pros dois. E Felipe ficou culpando o mexicano por mais um revés.

GP da ÁUSTRIA: Esse GP prometia: o filho dele, Felipinho, assistiu aos treinos classificatórios e lhe deu um bonequinho do Neymar. Que diferença isso fez? Nenhuma, só uma pole-position, coisa que Felipe não conseguia desde 2008, antes do rebento nascer. Na corrida, tudo parecia continuar bem, manteve a liderança, mas a estratégia da Williams mais uma vez ferrou tudo, beneficiando o segundo piloto, Bottas, que chegou ao pódio, em terceiro lugar, e Massa veio logo atrás, em 4º.

GP da INGLATERRA: A corrida número 200 de sua carreira começou como ela sempre foi: mal. Nos treinos, deu tudo errado, Massa largou muito atrás e, por isso, acabou por não escapando de mais um azar. Kimi Raikkonen perdeu o controle de sua Ferrari e bateu. Massa, que vinha atrás, não evitou a batida e tentou continuar na prova. Mas não deu. E assim, Felipe teve que abandonar mais uma corrida.

GP da ALEMANHA: Outra vez uma largada desastrosa. Mas desta vez, o outro piloto envolvido foi o estreante Kevin Magnussen, da McLaren. O carro do sueco atingiu em cheio a Williams do brasileiro, fazendo com que ele capotasse.

GP da HUNGRIA: Raridade nesta temporada: corrida em que Felipe Massa foi bem! O brasileiro largou em sexto e terminou em quinto, à frente de Kimi Raikkonen, sem cometer um erro, sem ser tocado por ninguém, e sem nenhum erro de estratégia da Williams. Pena que isso não acontece sempre.

GP da BÉLGICA: Massa estava indo bem, mas ele teve que parar de novo, trocou o pneu e começou a andar mais devagar, até que ele parou pra fazer um pit-stop pra tirar uma sujeira do carro (um pedaço de kevlar do pneu do Hamilton ficou preso no assoalho do FW36) e depois da limpeza, estava se saindo melhor, mas ficou em 7º, com Bottas em 3º.

GP da ITÁLIA: Corrida especial para Felipe, e rara também, já que ele largou em 4º e chegou em 3º, conseguindo o seu primeiro pódio pela Williams! Até agora, o único.

GP da CINGAPURA: Felipe Massa não estava com um carro bacana, não estava tão bem quanto os líderes Hamilton, Vettel, Ricciardo, Alonso, e fez o que pôde, conduzindo a Williams ao quinto lugar.

GP da JAPÃO: A chuva forte dificultou bastante a vida dos pilotos, e com Massa não foi diferente, ficando em sétimo até a prova ser interrompida. Mas essa corrida ficou e ficará marcada mesmo é pela tragédia que ocorreu com o francês Jules Bianchi, da Marussia, que bateu num carro de segurança e está até agora internado em coma e com poucas chances de sair dessa sem sequelas. Detalhe: Bianchi é amigão de Felipe Massa.

GP da RÚSSIA: E a sina se repetiu... Massa não foi muito bem nos treinos e na corrida não conseguiu nada além de um 11º lugar. Explicação: "Minha corrida neste domingo foi prejudicada pelo tráfego de carros e isso me impediu de somar pontos". Mas o tráfego não impediu seu companheiro de equipe Valtteri Bottas de chegar em 3º, somando mais que o dobro de pontos do primeiro piloto da Williams (145 x 71).

Tanto é que já se especula que, no ano que vem, Bottas será praticamente o primeiro piloto oficial da equipe inglesa, disputando pelo título, enquanto Massa será apenas um “orientador”, dando dicas para que o jovem finlandês de 25 anos arrase com a concorrência.

Dureza, não? Depois dessa análise de algumas corridas cagadas da carreira do Felipe e desta temporada atual, o que exerce mais influência na dificuldade do piloto em se dar bem na F1?

A equipe: A Sauber nunca foi lá grande coisa, não poderia ajudar o Felipe a galgar posições mais altas na F1. Embora Ayrton Senna tenha feito milagres e pontuado em corridas numa equipe igualmente capenga, a Toleman. Mas nenhum piloto que está aí é digno de ser comparado ao lendário Senna, então esse fator não conta. Mas quando esteve na melhor equipe da década (passada), a Ferrari, não conseguiu nada que preste, além de um terceiro lugar em 2006, um vice em 2008 (que poderia ter sido campeão se a Ferrari não tivesse feito tanta burrada), fora os tradicionais jogos de equipe que sempre prejudicavam o brasileiro, beneficiando Raikkonen e Alonso. Na Williams, não está sendo diferente. Embora ele, Bottas e o resto do pessoal estejam conseguindo reerguer a equipe inglesa, alguns erros de estratégia e ordens ainda insistem em prejudicar o brasileiro, beneficiando o jovem Bottas.

Porcentagem de influência: 25%

O companheiro de equipe: Na Sauber, seu companheiro inicialmente era Nick Heidfeld, que na temporada 2002, conseguiu a melhor colocação da equipe: um quarto lugar. No ano seguinte, Massa foi substituído por Heinz-Harald Frentzen, que era o melhor piloto que a Sauber já teve. Mas ele não consegue repetir o seu bom desempenho e Felipe retorna. Ele passa a ter a companhia de Giancarlo Fisichella, piloto que havia vencido o GP do Brasil de 2003. Os dois formaram uma boa dupla e conquistaram 34 pontos, com “Fisico” tendo 22 e Massa 12. O bom desempenho de Fisichella o leva para a Renault e em seu lugar entra Jacques Villeneuve, filho do grande Giles Villeneuve, e campeão da temporada de 1997. Os dois entraram em conflito, mas desta vez, o brasileiro levou vantagem. Na Ferrari, Massa começou como segundo piloto, com o supercampeão Michael Schumacher de companheiro de equipe. Os dois ficaram juntinhos até Schumi se aposentar e Massa herdar o posto de primeiro piloto e ter o finlandês Kimi Raikkonen como companheiro de equipe. Em 2007, Raikkonen só ganhou depois que a Ferrari mandou Massa dar passagem para ele. Em 2008, Raikkonen não foi muito bem, e viu Felipe ser quase-campeão. Até que ele saiu e entrou em seu lugar o exigente, ousado e decidido espanhol Fernando Alonso, que dizem ser melhor do que Michael Schumacher. Alonso logo se impôs e fez o brasileiro recolher sua juba e ficar pra escanteio, vendo o espanhol tentar repetidas vezes ser campeão e mandar sua equipe mandar o Felipe lhe dar passagem, pois ele era o cara e pronto. Aí Massa cansou e se mandou, apostando na superação da Williams. Ele era o primeiro piloto, deveria disputar todas as corridas, participar de todos os treinamentos, enfim, era a vez dele ser O cara. Mas não foi o que aconteceu. Outro finlandês atrapalhou a sua vida. Valtteri Bottas, 25 anos, está em sua segunda temporada pela Fórmula 1 e está vendo a sua estrela brilhar. Massa até tentou se impor um pouquinho, não dando passagem pro segundo piloto quando a equipe mandou, mas nem isso impediu Bottas de botar o Felipe pra escanteio outra vez. Aparentemente, ser companheiro de equipe de Felipe Massa dá muita sorte.

Porcentagem de influência: 15%

Talento: Está comprovado que Felipe Massa se esforça (e muito) pra fazer bonito nas pistas. Mas seus fracassos geram alguns questionamentos sobre a sua capacidade. Os mais exaltados dizem que “Felipe Massa não tem talento nenhum, consegue ser pior do que Rubinho”. Mas ele deve ter um pouco de talento sim, senão não estaria ganhando milhões num emprego que quase todos os garotos sonham. Talento é importante, mas deve vir acompanhado de muito trabalho duro, foco e disciplina. Fernando Alonso é um ótimo exemplo de piloto talentoso e disciplinado.

Porcentagem de influência: 5%

Os outros pilotos de sua geração: Alguns podem achar que Felipe Massa só não é o melhor porque ele tem que competir com Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Kimi Raikkonen... De fato, quase todos esses pilotos já foram campeões de F1, sendo que Vettel já ganhou 4 vezes seguidas. Mas Massa já teve a sua chance, porém em 2008, o destino conspirou contra.

Porcentagem de influência: 2%

O que nos leva a crer que talvez Felipe careça de...

Estrela: Os pilotos citados são dotados de um diferencial que os torna imbatíveis para os mortais: Sorte de campeão. A sorte que Raikkonen teve ao, na corrida do Brasil em 2007, estar em segundo com o seu companheiro de equipe em 1º e todos os seus rivais pelo título liquidados. Sorte que Hamilton teve ao ultrapassar Timo Glock na hora certa e na posição certa. Sorte que Vettel teve em todas as 4 vezes em que disputou o título e ganhou, com uma equipe fantástica, um carro fantástico e nenhum rival para acompanhar. 

Porcentagem de influência: 18%

Mas isso não vem sozinho! A falta de estrela vem acompanhada da...

Falta de sorte: Está comprovado que Felipe não nasceu virado pra lua. Até o pessoal da Ferrari e Bernie Ecclestone, chefão da F1, já admitiram essa possibilidade. Nas poucas corridas em que se deu bem, ele o fez depois de muito trabalho e sacrifício, mas essas corridas não o ajudaram a ser campeão. Já nas que se deu mal, o piloto tentou evitar seu fracasso, mas não conseguiu. Fora as ocasiões em que ele foi pego desprevenido, fazendo tudo virar de cabeça pra baixo.

Porcentagem de influência: 35%

Já listamos todos os fatores possíveis para os azares de Felipe Massa. Mas faltou apenas um, o mais controverso de todos...

Conspiração!


Dizem que foi uma conspiração europeia que tirou a vida de Ayrton Senna, afinal (segundo os teóricos), como poderia um brasileiro ser o melhor piloto da F1, sendo que nosso país não tem nenhuma indústria automobilística própria e (na época) fazia parte do Terceiro Mundo? Os outros pilotos que vieram depois nunca conseguiram ganhar um campeonato. Os melhores que surgiram foram os mais criticados por aqui. Rubinho Barrichello e Felipe Massa ficaram conhecidos por sempre darem passagem ao companheiro de equipe e ficarem em segundo, além de serem muito azarados. Mas será que isso é culpa só deles? Os conspiracionalistas dizem que NÃO, tem toda uma combinação por trás, uns velhos europeus (reptilianos ou Illuminatis, a depender da teoria adotada) combinam quem vai vencer qual corrida, em qual posição cada piloto vai ficar, e quem vai ficar na F1. Ainda segundo os teóricos, Senna se recusou a participar desses esquemas e foi morto por isso. Os outros brasileiros tiveram que se vender ao sistema para não serem mortos também, e os milhões de salário são o pagamento por seus silêncios.

Mas isso faz sentido? Será que Felipe Massa reverterá o jogo, procurará uma benzedeira, desmanchará o ebó, desenterrará o sapo, encontrará uma nova cueca da sorte e ganhará o seu primeiro título na F1? Não se sabe. Aguardemos o ano que vem, já que nesse ano ele não tem mais chances.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

No Dia dos Professores, veja algumas pérolas ditas por eles


Hoje é o dia dos Professores, profissionais nota DEZ! DEZmotivados, DEZpreparados e DEZesperados por atenção de seus alunos e por um aumento de salário. Mas, mesmo assim eles são queridos e respeitados pelo brasileiro (exceto pelas autoridades e por seus alunos). Pensando nisso, o Besteiras Bestificantes bolou uma divertida homenagem a esses guerreiros trazendo as maiores pérolas que eles já disseram.

NOTA: Tudo isso foi tirado das páginas Citações Célebres da UFC e da USP, no Facebook.

1 - O pregador


Uma vez, no curso de Ciências Sociais, um professor de Ciência Política passou um trabalho e ouviu o seguinte de uma aluna:
- Professor, o senhor não podia passar um trabalho mais fácil não?
Ele calmamente pergunta à aluna:
- Você é cristã?
- Sou! - Responde a aluna, convictamente.
Ele responde:
- Pois é, Jesus pregado na cruz e você pregada nos livros. Vá estudar!

2- O imutável


Professor de Física IV pergunta para a classe por que poucas pessoas estavam indo à aula.
Ninguém responde.
Então ele fala em voz alta:
- Será que é a minha aula? Como eu ensino? Mas estou quase me aposentando, não vai ser agora que vou mudar.

3- A atenciosa (#sqn)


Aluna entra atrasada na aula com uma camisa do Corinthians e a professora, tentando ser simpática, diz: - E esse Flamengo aí, tá ganhando?

4- Denúncia!


“Vocês não se culpem, o responsável por essas notas baixas é o governo, por ter deixado vocês entrarem na faculdade”, diz um professor de Computação.

5- O realista


Em uma qualificação de mestrado, falando sobre a tese:
Orientador: "Não acredito que você escreveu aquilo."
Aluno: "Bom, achei que estava bom e que o senhor corrigiria."
Orientador: "ACHA MESMO QUE EU LERIA AQUILO TUDO??"

6- O sentimental


Em uma aula de Cálculo II na Física:
Aluno: "Professor, vale a pena decorar essa fórmula?"
Professor: "Gente, vocês tem que entender o que significa saber de cor... Significa do coração e não da cabeça!"

7- O desabafo


Sobre uma correção para aumentar a nota de uma prova, uma professora disse:
- Pessoal, vão lá ver a correção da prova...pode ser que eu tenha corrigido errado, ou eu estava brava, ou de mau-humor...aí vocês tentam melhorar, a gente discute a nota...nem que seja no braço!

8- O implacável


O professor está fazendo a chamada no começo da aula:
Professor: - Aluno Fulano de tal.
Um amigo responde: - Tá chegando.
Professor: - Mas a falta dele já chegou.

9- Quem avisa amigo é... 


Professora de Química Fundamental para engenharias, dando aula de revisão para a prova:
- Preste atenção em tudo o que eu estou falando! O que for dito em sala de aula pode ser usado contra vocês no dia da prova.

10- Um presente de grego


Na aula de Físico-Química II, o professor, ao saber que o aniversário de uma aluna será um dia depois de sua prova:
- É seu aniversário? Não se preocupe! Você vai chorar de emoção.

11- O sincero


Professor entra na sala, pega o microfone e solta:
- É impossível dar um curso decente dessa matéria para tantos alunos numa sala. A faculdade agiu pelas minhas costas, então, vou fingir que dou aula e vocês vão fingir que aprendem. Essa aula, tenho até vergonha de chamar isso de aula, é uma farsa.

12- Outro sincero


Na aula de Química Orgânica:
- Nossas aulas são às quartas e sábados... Que nem feijoada. E igualmente indigestas.

13- Abordagens distintas


Primeira semana de aula, primeira aula do dia, no fim da aula o professor de Cálculo I falou:
- Não passo lista. Vocês já estão na faculdade, são adultos e não sou pai de vocês. Vocês sabem o que fazem e no fim do semestre todos terão presença.
E foi embora.
Chega o professor seguinte, começa, e MENOS de 15 minutos depois fala:
- (...), e eu faço chamada! Vocês acham que já são adultos, mas acabaram de sair do Ensino Médio. Vão ver um ou outro veterano matando aula e caindo de bêbado por aí, vão pensar que faculdade é American Pie e vão bombar algumas matérias. Aí no primeiro semestre já bombam isso e saem do semestre ideal.

14- Besteira tem limite


Professor: "Teve um tempo da minha vida que eu fui estudar com o Prof. Y em um país X. Foram os três meses em que mais falamos bobagens das nossas vidas, e também os mais produtivos. Por isso, não tenham medo de fazer perguntas aparentemente bestas."
Aluno: "Professor, 1 é primo?"
Professor: "Se você não sabe isso, é melhor você estudar bastante pra prova."

15- Mostrando quem é que manda


Professora de Desenho a respeito de uma possível prova no dia 15:
- Professora, mas é dia do professor.
- Mas o feriado é meu e não seu...

Bom, se hoje vai ter prova, aula ou festinha, este blog não sabe. Porém, independente do que vai ter na sua escola/colégio/faculdade/universidade, nós queremos desejar para todos um feliz Dia dos Professores!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Urso vingativo destrói carro de caçador


Quem gosta de caçar não sabe do que os animais são capazes. Animais, como os ursos, podem sentir e demonstrar sentimentos, como amor, compaixão, raiva e... ira! Um caçador russo não sabia disso e sofreu com as consequências de sua atitude. O Besteiras Bestificantes contará essa história.

Na região de Khantia-Mansia (Rússia), existe uma enorme floresta e nela é comum que os homens de lá pratiquem o esporte da caça. Um deles, como de costume, foi atrás de animais como alces, veados e ursos para caçar e depois usar os restos mortais desses pobres bichinhos para fazer a decoração de sua casa. Esse homem avistou um urso, e como sempre fazia, atirou nele. O animal fugiu, mas guardou o rosto do caçador e bolou um plano maquiavélico de vingança...

A vingança do Urso


O urso, a quem chamaremos de Nino, seguiu o caçador por dias e fez um dossiê da vida dele. Descobriu onde o sujeito morava, o que fazia nas horas vagas, quem eram as pessoas que o cercavam, e, o mais importante, qual era a coisa que o caçador mais valorizava na vida.

Suas investigações chegaram à conclusão de que o caçador valorizava, principalmente, o seu carro. Ele passava horas polindo a lataria, ia sempre à manutenção, gastava uma bolada com enfeites e outras quinquilharias para o seu carro e reclamava quando alguém passava a mão em seu possante.

Assim, o urso decidiu agir. Primeiro, num ato de benevolência, ele resolveu alertar o caçador sobre o que poderia acontecer a ele caso não deixasse de caçar seus amiguinhos da floresta e fez isso através de ligações anônimas. Só que o caçador não captou a mensagem, pois o nosso amiguinho urso falava tudo em ursês e nem o caçador nem ninguém entende essa língua. Irritado com isso, o urso resolveu parar com a conversa e partir para o ataque. Aproveitou um dia em que o caçador se afastou de seu carango e descontou toda a sua fúria e frustração naquele veículo. Ele quebrou o para-brisa, danificou a lataria e arrancou o estofado dos bancos. O carro do caçador ficou assim:


Curiosamente, naquele dia, os carros dos outros dois homens que acompanhavam o caçador também estavam por ali e ficaram intactos, mesmo estando ao lado do veículo atacado pelo urso. O urso foi flagrado pela polícia e conseguiu fugir, mas deixou cair o caderno com o dossiê da vida do caçador. Até agora, ele não foi encontrado. Essa história foi divulgada no dia 10, e o caçador, que não teve o seu nome divulgado, disse estar espantado com a atitude do urso.

domingo, 12 de outubro de 2014

No Dia das Crianças, relembramos como era a infância antigamente


Hoje é o Dia das Crianças, o terceiro dia preferido da criançada (perdendo apenas para o aniversário e o Natal). O motivo: os presentes que elas esperam ganhar. Mas enquanto as crianças de hoje sonham com video-games, tablets, DVDs da Galinha Pintadinha e da Peppa, as dos primeiros anos do século passado sonhavam apenas em ter um par de sapatos, uma bola, uma boneca, mais tempo pra brincar... Assim, o Besteiras Bestificantes fuçou na Internet como era a vida de nossos pais, avós, bisavós, tataravós... quando eles eram crianças!

No início do século passado, as crianças eram tratadas como mini-adultos e não tinha essa historinha de que "criança não trabalha, criança dá trabalho". Enquanto as mais ricas viviam no luxo e iam à escola, as mais pobres trabalhavam de segunda à sábado, por cerca de 4 horas, e no resto do tempo iam à escola, ajudavam os pais em casa, e brincavam.
As mais ricas tinham atividades de lazer, praticando esportes como esgrima, liam clássicos da literatura (como os contos de fadas e as aventuras de Tom Sawyer) e tinham brinquedos caros, como carrinho, pião e bola para os meninos e boneca para as meninas. 

Ser criança no início do Século XX não era nada fácil 06


Ser criança no início do Século XX não era nada fácil 01

Já as mais pobres não tinham muitas opções de lazer, muitas delas sequer usavam sapatos (nas regiões mais frias, tinham apenas um sapato para usar durante o ano) e usavam de sua criatividade para se divertir. Naquele tempo, era comum ver crianças fumando (em geral, os jornaleiros que eram viciados e costumavam fumar em frente da porta da sucursal do jornal que distribuíam), mas depois os cigarrinhos foram trocados pela cola de sapateiro. No calor, em vez de degustar sobremesas como sorvete e picolé, ficavam lambendo blocos de gelo.

Ser criança no início do Século XX não era nada fácil 07

Ser criança no início do Século XX não era nada fácil 09

Com a instalação de governos fascistas em países como Alemanha, Portugal, Itália, Espanha e Brasil, o esporte e o físico passaram a ser valorizados, e o ensino da Educação Física nas escolas virou tendência. As crianças e jovens passaram a praticar mais esportes, como vôlei, futebol, corrida, e as competições entre colégios se tornaram comuns.

Os brinquedos e brincadeiras variavam conforme a classe social, mas em geral, as crianças eram bastante criativas e era comum que elas fizessem seus próprios brinquedos, como criar uma bolinha de futebol com meia, bonecos com sabugo de milho, barquinhos e aviões de papel, catavento. Também eram brincadeiras muito comuns pular corda, pega-pega, esconde-esconde, amarelinha, carrinho de rolimã, fazer (e estourar) bolinhas de sabão, jogar bolinhas de gude, soltar pipa, e correr. As crianças de mil-novecentos-e-antigamente corriam muito. E viviam raladas, sujas, suadas, mas nada que um bom banho não resolvesse.


Outra coisa que elas faziam na maior naturalidade era botar apelidos nas outras. Naquele tempo não se conhecia o termo bullying e todas tinham apelidos. Essa e outras coisas eram motivos de brigas entre essas crianças, mas elas logo faziam as pazes.

Um dos maiores desejos infantis na época eram brincar na chuva (geralmente, quando caíam os primeiros pingos d'água, os pais as mandavam entrar), e as crianças que tinham os brinquedos mais desejados, como bicicleta, eram muito invejadas, e volta e meia tinham que emprestar suas bicicletas para alguma criança mais pobre ou que ainda não tivesse uma.

As crianças de antigamente liam bastante. Como não tinha Internet, frequentavam a biblioteca para fazer trabalhos escolares, e gostavam de ler livros e revistinhas em quadrinhos para passar o tempo. Os autores de sucesso eram Monteiro Lobato (criador dos livros sobre o Sitio do Pica-pau Amarelo), Mark Twain (criador dos personagens Tom Sawyer e Huckleberry Finn), Júlio Verne, Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen (que passaram para o papel várias histórias populares), e os personagens dos quadrinhos mais conhecidos eram Reco-Reco, Bolão e Azeitona de Luiz Sá, A Turma do Pererê e O Menino Maluquinho, do cartunista Ziraldo, Turma da Mônica, de Maurício de Souza, além dos importados Mickey, Donald, Gato Félix, Luluzinha, Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, O Fantasma...


Algumas brincadeiras e brinquedos eram divididos pelo gênero. Por exemplo: só meninos podiam brincar de carrinho, futebol, lutas, bolinhas de gude, soltar pipa; enquanto às meninas era permitido brincar de boneca, casinha, comidinha, costura, etc. Alguns brinquedos inventados ao longo dos tempos também não acabaram com esses estereótipos, como a maquininha de lavar pratos, a maquininha de costurar, a batedeira, as pistas para carrinhos de brinquedo, soldadinhos de chumbo, e tais estereótipos perduram até hoje.

Brinquedos modernos, como a Barbie, surgiram nos anos 60. Depois, vieram a Polly, a Susi, e também surgiram bonecos pros garotos, como o Max Steel e os bonecos de super-heróis. Brinquedos educativos também eram comuns, como os que ajudavam as crianças a desenvolver sua coordenação motora, a criatividade, a comer alimentos saudáveis, a se saírem melhor na escola... Nesse ramo, se destacaram o Lego, o Playmobil e os laptops que ajudavam (ou pelo menos tentavam) as crianças a desenvolver diversas atividades. Também fizeram sucesso o cubo mágico (desafio tão difícil que ganhou até competição própria), pega-varetas (como era difícil pegar a tal vareta preta), bichinhos virtuais (que infernizavam a sua vida), molas de plástico (que você jogava pra lá e pra cá), etc.


Os games surgiram nos anos 80, com o Atari sendo o pioneiro. Depois, vieram o Nintendo, os Playstations, com aquelas fitinhas que os jogadores trocavam entre si e usavam até acabar. Os games também tinham a sua versão mini, com vários joguinhos eletrônicos e outros bem simples, que usavam basicamente a água. Os video-games ficaram cada vez mais modernos, e os jogos mais populares, como Super Mario Bros, Futebol, GTA e Need For Speed, ficaram cada vez mais modernos.

As roupas das crianças geralmente imitavam as dos adultos, mas com o tempo, foi surgindo a moda especializada para essa faixa etária. Começou com roupas que permitissem aos guris brincar livremente sem se sentir desconfortáveis. Aí, vieram os artistas de TV e personagens de desenho animado que também ganhavam a sua linha de roupas, sandálias... Até que surgiram aquelas sandalinhas com bichos (quem lembra?), as famosas sandálias com luzes que piscam (e que você batia o pé para que a luz piscasse mais e ficava todo pimpão), os tênis que vinham com rodinhas de patins, sapatos que vinham com relógios... 

E aí, veio a televisão...


A televisão só chegou ao Brasil nos anos 50, e eram as famílias mais ricas que tinham esse aparelho. As mais pobres costumavam ir à casa do amiguinho que tivesse TV para assistir (o famoso tele-vizinho), e assistiam programas como séries de faroeste importadas, Shazan, Xerife e Companhia e Vila Sésamo. A televisão só começou a se popularizar entre os pequenos a partir dos anos 70, com programas como Sítio do Picapau Amarelo, Balão Mágico, Os Trapalhões, etc.

Com tantas crianças querendo ver televisão e ter brinquedos novos, não demorou para que as grandes empresas e os publicitários tivessem a grande ideia de investir em peso no público infantil. Assim, se popularizaram os alimentos voltados para as crianças, como os cereais matinais com brindes, os achocolatados, os salgadinhos, os doces, os chocolates, como estes aqui que marcaram a infância de muita gente.



Os anos 80 tiveram programas infantis que são lembrados até hoje. Os que têm mais de 40 anos certamente se lembrarão do Palhaço Bozo, da Vovó Mafalda, dos grupos musicais infantis, como Balão Mágico e Trem da Alegria, mas esse período foi marcado pelo fenômeno chamado Xuxa, aquela que se tornou a Rainha dos Baixinhos. A modelo de origem pobre ficou conhecida ao namorar Pelé e explodiu ao apresentar seu programa, Xou da Xuxa, no qual saía numa nave cor-de-rosa. Com o sucesso, Xu estrelou filmes, gravou LPs, CDs, DVDs (como a série Xuxa Só Para Baixinhos) e faturou horrores. Os personagens, como o Dengue, Praga, e Xuxo fizeram muito sucesso, mas as paquitas marcaram época. Seu estilo e suas dancinhas foram imitados por muitas garotas, que sonhavam em fazer parte daquele grupo e conhecer a Xuxa.


Depois dela, as loiras invadiram as manhãs com seus programas infantis. As mais famosas eram Angélica (que apresentou o AngelMix, Caça-Talentos, Flora Encantada), Eliana (que apresentou Festolândia, Bom Dia & Cia, e muitos outros programas), Mara Maravilha (que nem era loira, mas fez muito sucesso), Mariane, etc. Esse formato (mulher bonita, preferencialmente loira, apresentando programa pra criança) perdurou até meados dos anos 2000, quando outra tendência surgiu. Mas ainda nos anos 90, outro programa de muito sucesso surgiu, e que não pode ser esquecido: é o TV Colosso, apresentado por adultos fantasiados de cachorros, como a cachorra apresentadora Priscila, o faz-tudo Gilmar, o diretor Borges, e muitos outros personagens célebres. 

E o que mais passava nesses programas? Desenhos animados! Os primeiros tinham clássicos, como Tom e Jerry, Pica Pau, Pernalonga, Patolino, Mickey, Popeye, Corrida Maluca, Speed Racer, Johnny Quest, Flinstones, etc. Depois, foram surgindo novos, como Caverna do Dragão, He-Man, She-Ra, Scooby-Doo, Família Addams, Doug, Ei Arnold, Sonic, Timão e Pumba, O Fantástico Mundo de Bobby, Luluzinha, Turma da Mônica, Bob Esponja, além dos japoneses Dragon Ball, Pokemon, Digimon, Cavaleiros do Zodíaco, Naruto, etc. Aliás, os desenhos da dupla Hanna-Barbera tinham um programa só deles na Rede Globo entre os anos de 1973 e 1983. Séries, como Jeannie é Um Gênio, A Feiticeira, Jiraya, Jaspion, Família Dinossauros, Power-Rangers, entre outros, também faziam muito sucesso. Os seriados mexicanos Chaves e Chapolin chegaram ao Brasil em 1984, no SBT, e viraram sucesso, sendo lembrados e queridos até hoje. A Tv Cultura ficou célebre por produzir séries, como Mundo da Lua, Castelo Rá-Tim-Bum, e o programa X-Tudo, que também são muito queridos.

Os filmes sempre fizeram muito sucesso entre as crianças. Os filmes dos Trapalhões e da Xuxa eram muito famosos e atraíam milhões de crianças para os cinemas. Filmes de super-heróis, como Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, Zorro, Robin Hood, baseados em programas e desenhos antigos, como Os Batutinhas, Gasparzinho, Riquinho, nos contos de fadas, como Branca de Neve, Cinderela, O Mágico de Oz, e os desenhos da Disney-Pixar, como Toy Story, Vida de Inseto, O Rei Leão, e muitos outros. Até mesmo os brinquedos Barbie, Max Steel e Lego ganharam filmes. Outros filmes de muito sucesso, como Shrek, Harry Potter, Esqueceram de Mim, Madagascar, marcaram época nos cinemas e na Sessão da Tarde.

Outro programa que os pirralhos também curtem é a telenovela. O SBT exibiu diversas novelas infantis mexicanas de muito sucesso, como O Diário de Daniela, Cúmplices de Um Resgate, Rebelde, Carrossel e Chiquititas, sendo que as três últimas ganharam remakes brasileiros. A Globo também fez novelas que se tornaram queridas pelos pequenos, como Vamp, Da Cor do Pecado, Chocolate com Pimenta, O Beijo do Vampiro, Cheias de Charme, entre muitas outras.

Atualmente...


As crianças ficam mais tempo em suas casas, jogando video-game em seus PCs/notebooks/tablets, e quando brincam fora de casa, o fazem nos playgrounds de seus condomínios. Elas têm muitas atividades, como aulas de balé, judô, futebol, natação, inglês, francês, e são bastante vaidosas, se preocupam com a moda e até usam maquiagem. Elas também têm muitos brinquedos, e quando se cansam deles, muitas insistem para que seus pais comprem novos, principalmente se apareceram na televisão ou se o coleguinha já comprou o seu e o exibiu na escola. Algumas se preocupam mais em imitar os adolescentes do que viver sua fase, e até namoram. Mas, o trabalho infantil é cada vez mais raro, a maioria das crianças está na escola, porém algumas ainda trabalham, ajudando os pais, ou sendo exploradas, e os cigarrinhos dos jornaleiros foram trocados por pedrinhas de crack.
As apresentadoras loiras gatas foram substituídas por crianças, que apresentam programas infantis até hoje. Uma das primeiras crianças a apresentar programas infantis foi Debby Larganha, no extinto Clube da Criança. Muitas já apresentaram o TV Globinho e o Bom Dia & Cia (Jéssica, Cauê, Yudi, Priscila), mas quem mais se destacou foi a menina Maísa, que com apenas 5 anos de idade, foi escalada para comandar o Bom Dia & Cia, depois o Sábado Animado, além de participar do Programa Sílvio Santos num quadro de perguntas e respostas. 
Hoje, quase não temos programas infantis. Na Globo, os desenhos diários foram substituídos pela Fátima Bernardes, restando apenas os que passam no sábado (quando não são interrompidos por jogos ou programas locais). Na Record, ainda resta o Pica-Pau aos sábados e domingos, a série Todo Mundo Odeia o Chris, e os desenhos bíblicos, e o SBT é um dos únicos que ainda exibe programação infantil diariamente pela manhã, com o seu Bom Dia & Cia apresentado pelo Mateus Ueta, sem contar o cult Chaves, e suas séries Arnold, Três é Demais, Um Maluco No Pedaço, As Visões de Raven, e muitas outras, que são verdadeiros tapa-buracos na programação. A Band tem exibido séries da Nickelodeon, como iCarly, Kenan e Kel, Drake e Josh, Big Time Rush, etc. Mas são as emissoras públicas as que mais exibem programas infantis, como a TV Cultura, que reprisa suas famosas séries e exibe o seu programa infantil Quintal da Cultura, e a TV Brasil, que exibe desenhos de manhã e à tarde, e muitos deles são nacionais.
Além da Galinha Pintadinha e da Peppa, os palhaços Patati e Patatá também são muito famosos entre a garotada, que se diverte ouvindo suas músicas e obriga seus pais a comprar os novos DVDs que são lançados. E serão esses programas e personagens que serão lembrados com muita saudade pelas crianças de hoje, quando crescerem. E é para elas (e para quem ainda conserva sua criança interior) que desejamos um Feliz Dia Das Crianças!!!

sábado, 11 de outubro de 2014

Futebol: goleiro frangueiro tem dias de cão


Imagina você sendo um goleiro de futebol e ser convocado pela seleção de seu país. Você quer dar show e, se possível, pegar um pênalti do melhor jogador adversário, como o goleiro brasileiro Jefferson fez hoje ao pegar um pênalti do Messi. Mas isso nem sempre acontece, e o que você vai ver agora é a história de um goleiro que mesmo tendo feito tudo errado, ainda foi aplaudido e reconhecido pela torcida.

O nome do infeliz é Jordan Perez, e ele joga pela seleção de Gibraltar na Europa. O país, bem pequenininho e estreante na UEFA, estava jogando contra a Irlanda, em Dublin (capital irlandesa) numa partida válida para as  Eliminatórias para a Eurocopa. Ele tomou 6 gols (s-e-i-s gols), sendo que um deles foi ele mesmo quem fez, num gol contra bizarro e totalmente surreal. Os três primeiros foram do melhor jogador da partida, o irlandês Robbie Keane, antes dos 18 minutos. Um deles veio de um pênalti que o próprio goleiro provocou. Detalhe: tudo isso no primeiro tempo!

No meio do segundo tempo, ele foi merecidamente substituído, mas a torcida irlandesa ficou com pena desse pobre homem azarado e o ovacionou, aplaudiu, gritou enquanto ele ia desconsolado ao banco de reservas. Os irlandeses, empolgados, gritavam “Nós queremos dez!”, enquanto os gibraltinos, bem-humorados e realistas, respondiam: “Nós queremos um!”. No final, ninguém foi atendido: os irlandeses venceram a partida por apenas 7 a 0.

A goleada não é a primeira que essa seleção sofre. Gibraltar tem sido um grande saco de pancadas na competição, sendo a segunda por 7 a 0 (na primeira, quem deu a surra foi a Polônia). A próxima adversária já faz essa pobre seleção esquecer a ideia de perder por um placar menorzinho: a Alemanha, que ganhou de 7 a 1 em cima da nossa Seleção. Vamos ver se a Seleção Gibraltina consegue pelo menos sair do zero.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Entenda o que está acontecendo em Hong Kong


A ilha de Hong Kong virou manchete nesses últimos dias por conta de um protesto organizado pelos seus habitantes por conta de mais um desmando do Partido Comunista Chinês. Mas o que os dirigentes chineses fizeram para irritar tanto o povo de Hong Kong e o que exatamente esses manifestantes querem? O Besteiras Bestificantes explica.

Histórico



Hong Kong é atualmente uma das duas Regiões Administrativas Especiais da China, juntamente com Macau. Virou território do Reino Unido durante a Guerra do Ópio (1839-1842). Em 1898, a China entregou a ilha para o Reino Unido num prazo de 99 anos, e a partir desse momento, Hong Kong virou um centro importante de comércio no Oriente. Na Segunda Guerra Mundia (1939-1945), a ilha foi ocupada pelo Japão por 3 anos e 8 meses, até os japoneses se renderem e os britânicos receberem sua ilha de volta. Serviu de refúgio aos opositores durante o estabelecimento da República na China, em 1912, e na ditadura de Mao Tsé-Tung. Em 1982, a China e o Reino Unido começaram a negociar a devolução da soberania sobre Hong-Kong à primeira. Um acordo assinado em 1984, em Pequim, determinou que a China tomaria conta do território a partir de 1 de Julho de 1997. Em conformidade, o regresso de Hong-Kong à soberania chinesa após 156 anos de administração colonial britânica deu-se às 24:00 daquele dia.
Enquanto o resto da China convive com uma ditadura comunista na qual não podem sequer protestar livremente, Hong-Kong desfruta da fórmula "um país, dois sistemas", também aplicada a Macau a partir de 20 de Dezembro de 1999, e segundo o acordo, durará por 50 anos. Deste modo, o território continua a ser um porto livre e um centro financeiro internacional, e, exceto nas áreas da defesa e da política externa, tem um alto grau de autonomia. Não paga impostos ao Governo central e o seu modo de vida, incluindo a liberdade de imprensa, quase não foi alterado. Até agora.


O que gerou a revolta

Na última semana de setembro, o parlamento chinês resolveu mexer no vespeiro ao aprovar uma medida limitando os candidatos da eleição de 2017. Nessa medida, só poderiam se candidatar ao cargo de governador da ilha os candidatos que tinham sido aprovados pelo Partido Comunista Chinês. Isso contraria o que havia sido decidido em 2007, quando o governo chinês prometeu aos residentes de Hong Kong que eles teriam direito ao "sufrágio universal", no qual todos poderiam votar. Essa era a teoria. No entanto, na prática, os eleitores de cada região podem apenas selecionar seu candidato de uma lista pré-selecionada por Pequim. 
Sobre isso, a China alega que liberar o voto direto e aberto causaria uma "sociedade caótica". Mas os jovens honcongueses não concordaram com isso e acusam o presidente Xi Jinping de ser autoritário
e repressor. Eles se juntaram para ocupar o centro da cidade para pedir pela democracia, alguns usando aquelas famosas máscaras do Anonymous do filme "V de Vingança", e outros usando máscaras do ex-presidente Deng Xiaoping, que ordenou o massacre na Praça da Paz Celestial em Pequim em 1989 e também instituiu a fórmula de "um país, dois sistemas", que garante mais liberdades a Hong Kong. Mas, com os ataques da polícia chinesa através de gás lacrimogêneo, o pessoal se protegeu com máscaras e guardas-chuvas, que acabou virando símbolo do movimento.
E com a intransigência do governador honconguês Leung Chun-ying, os revoltosos passaram a pedir a cabeça dele.

Quem é o líder?


Joshua Wong tem apenas 17 anos e em vez de ficar só reclamando da vida no Facebook, foi pra rua e tentou fazer alguma coisa. E isso não é de hoje. Aos 15, ele e alguns coleguinhas criaram um grupo, o Scholarism, que queria, segundo ele, dar voz política aos adolescentes de Hong Kong. Esse grupo liderou um protesto em 2012, que contou com mais de 120 mil estudantes, que ocupou a sede do governo, ajudando a derrubar um programa nacional de educação que era visto como pró-China. E essa medida chinesa que tenta subordinar os candidatos ao governo honconguês à Pequim é vista com maus olhos pelo rapaz, que diz que isso faz com que Hong Kong seja apenas "semi-democrática" e por isso acredita que outros estudantes precisam "se importar mais" com a política. Para ele, estudante são as pessoas ideais para divulgar essa mensagem porque eles são, por natureza, "idealistas", e sua mensagem é clara: ele quer uma sociedade livre em que todos tenham a possibilidade de nomear e votar em candidatos para o executivo de Hong Kong. Ele quer democracia, e acredita que uma manifestação específica é o ideal, mas que às vezes é preciso lançar mão da "desobediência civil".
Os protestos tinham sido inicialmente planejados pelo movimento internacional Ocuupy Central para começarem nesta semana, mas seus membros, os estudantes locais, se juntaram às manifestações antes: "Em vez de encorajar os estudantes a se unirem, fomos encorajados pelos estudantes a nos unirmos a eles", disse Benny Tai, um dos líderes do Occupy. "Estamos impressionados e comovidos com o trabalho desses estudantes."

Tudo isso provocou a fúria do Governo Chinês. Joshua foi oficialmente classificado como uma ameça à segurança pelo Partido Comunista e vem sendo chamado de "extremista" e de "fanfarrão" por muitos chineses. Ele foi uma das 78 pessoas presas durante um protesto na sede do governo, e ficou detido por mais de 40 horas, mas mesmo tendo liberado o estudante, a polícia deixou claro que tem o direto de voltar a prendê-lo.
Temendo que as redes de celular fossem derrubadas, Joshua orientou seus seguidores a baixar o aplicativo Firechat, app permite que os usuários se comuniquem por mensagens mesmo sem acesso à internet e já foi baixado mais de 100 mil vezes desde domingo.
Ao deixar a prisão, cansado e com alguns ferimentos, ele prometeu se unir novamente aos protestos: "Você precisa encarar cada batalha como se fosse a batalha final. Só assim você terá determinação para lutar."

Reação do Governo Chinês


Os líderes comunistas não deixaram barato, e conforme já foi dito, já prenderam os manifestantes. O chefe do executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, repudiou os protestos, e recebeu dos revoltosos um ultimato para conversar antes da meia-noite do dia 30, o que não aconteceu. "Se Leung Chun-ying anunciar sua renúncia, esta ocupação terminará, ao menos provisoriamente", declarou o cofundador do movimento Chan Kin-man. O governo da China também usou da tecnologia para tentar bloquear os protestos, através de um vírus para iPhone, chamado de "Xsser", que fornece acesso remoto às informações armazenadas no aparelho para os criadores do software. Além disso, eles impedem de todo jeito que o resto do povo chinês saiba a verdade sobre as manifestações para que os 1,3 bilhões de chineses não se sintam influenciados. Para isso, eles demonizam os manifestantes, chamando-os de estudantes desocupados e vagabundos (parecido com o Brasil, não?) e dizem que a culpa de tudo é dos estrangeiros que querem prejudicar a estabilidade e a prosperidade da ilha e, por consequência, da China continental, e que o líder estudantil Joshua Wong tem vínculos com os Estados Unidos. Porém, essas acusações são frágeis em substância e são feitas pela mídia controlada pelo governo.

Reações internacionais


Em Londres, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, demonstrou sua grande preocupação com os protestos em Hong Kong e lembrou que a China se comprometeu a preservar a democracia na ex-colônia britânica: "Quando alcançamos um acordo com a China, existiam detalhes no acordo sobre a importância de dar à população de Hong Kong um futuro democrático sob o amparo dos dois sistemas. Assim, efetivamente, estou profundamente preocupado com o que está acontecendo e espero que seja resolvido".
Durante um encontro entre o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, com o secretário dos Estados Unidos, John Kerry, em Washington, o ministro disse: "Este governo chinês declarou muito firme e claramente sua posição. Os assuntos de Hong Kong são assuntos internos da China (...) Todos os países deveriam respeitar a soberania da China e isso é um princípio básico nas relações internacionais dos governos (...) Creio que qualquer país, qualquer sociedade, não permitiria estes atos ilegais que violam a ordem pública. Isso é o que ocorre nos Estados Unidos e essa é a mesma situação em Hong Kong", e o secretário americano apelou para que as autoridades de Hong Kong atuassem com moderação diante dos protestos nesta ex-colônia britânica, onde dezenas de milhares de manifestantes exigem o sufrágio universal sem limites. Kerry também pediu "respeito ao direito dos manifestantes de expressar sua opinião de forma pacífica", e insistiu no apoio dos Estados Unidos ao sufrágio universal em Hong Kong.

Retirada estratégica?


Foi divulgado ontem que os manifestantes estavam se retirando das ruas que ocupavam há uma semana. O insucesso no diálogo com o governo e a dúvida entre manter ou não os protestos provocou a desmobilização dos manifestantes. Com isso, o povo pôde voltar ao trabalho, as escolas abriram e o tráfego retornava aos bairros até então afetados pelos bloqueios dos manifestantes. Mas alguns grupos de estudantes permaneceram ocupando as praças e ruas, embora permitindo que os funcionários possam trabalhar em paz. 
No último sábado, os líderes estudantis abriram a porta ao diálogo com o governo local. O principal sindicato estudantil de Hong Kong, a Federação de Estudantes de Hong Kong (HKFS), que suspendeu as negociações com o governo diante da falta de ação da polícia durante os ataques contra os manifestantes na sexta-feira, admitiu se reunir com as autoridades caso a omissão da polícia seja investigada: "O governo deve mostrar seu compromisso com a investigação dos fatos e dar uma explicação à opinião pública o mais rápido possível", disseram eles, em referência às acusações de conluio entre as autoridades e a "tríade", a máfia chinesa.
As autoridades de Hong Kong, por sua vez, negaram firmemente terem recorrido à violência para atacar os manifestantes. O secretário de Segurança de Hong Kong, Lai Tung-Kwok, falou que "Estas acusações são fabricadas e excessivas".

O movimento, chamado de "Revolta dos Guardas-Chuvas" e de "Primavera Chinesa", parece ainda não ter acabado, e já recebeu apoios de fora, além de desafiar a ditadura comunista chinesa que comemora o 65º aniversário da Revolução de 1949. Mas será que os estudantes conseguirão arrancar alguma concessão do governo? Só resta aguardar os próximos capítulos.