sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Touro será sacrificado por ser gay


Ao contrário do que dizem os preconceituosos, a homossexualidade não só é exclusiva dos seres humanos: animais, como cães, gatos, veados e gazelas também podem desenvolver esse comportamento. E esse foi o caso de Benjy, um touro reprodutor da raça charolês, mas sua orientação sexual não foi respeitada por seu dono, que pretende sacrificá-lo. Saiba mais sobre esse babado com o Besteiras Bestificantes!

Oficialmente, um pecuarista irlandês homofóbico, fundamentalista e reacionário cujo nome não foi revelado tomou essa decisão após várias tentativas de fazer com que Benjy cruzasse com as vacas da fazenda, que fica no condado de Mayo, na Irlanda. Sobre o assunto, o fazendeiro comentou: “Eu não podia acreditar no começo. Não conseguia levar a sério que meu touro era gay, mas depois procurei aconselhamento profissional e descobri que isso pode sim acontecer e que não existia nada que eu pudesse fazer”.  Mas, o Besteiras Bestificantes investigou o passado do touro desde que ele era um bezerrinho, e tem informações E-X-C-L-U-S-I-V-A-S!

Tudo sobre Benjy


Benjy nasceu numa fazenda localizada em Pelotas (RS). Seu pai não lhe dava muita atenção, preferia ficar reproduzindo com as vacas da estância, o que fez com que o pequeno Ben se apegasse à sua mãe, que já faleceu. Sua progenitora costumava mimá-lo, sempre dava mais leite a Ben do que aos outros filhotes, e costumava lambê-lo numa frequência maior. Um irmão de Ben que não quis se identificar disse que ele sempre deu pinta, e inclusive até pegou o irmão usando os brincos e a maquiagem da mãe, mas o pai achava que era apenas coisa de filhote e que logo passaria.

E foi assim que Benjy cresceu. Quando garrote, começou a se sentir diferente dos outros garrotes machos e se comportava de maneira distinta: enquanto os outros garrotes costumavam espiar as vacas tomando banho no rio e liam revistas de vacas peladas, Ben evitava fazer tudo isso, e se divertia assistindo a vídeos de tutorial de maquiagem no YouTube e lendo revistas de moda, além de ter uma coleção da T Magazine (revista de touro pelado) escondida em seu alojamento. Os comentários não paravam de pipocar na fazenda onde ele vivia, mas Benjy sempre negava, e seus pais se recusavam a enxergar a realidade. Isso fez com que ele arranjasse uma namoradinha de fachada, uma vaca que seria da raça Canchim, mas ela descobriu a tal coleção da T Magazine e terminou tudo.

Até que Ben conheceu o amor. O primeiro homem touro da vida dele era alto, forte, troncudo, másculo, sexy, viril, e se chamava Roberval, segundo contou uma vaca que preferiu não revelar o seu nome. Os dois viveram um romance tórrido, intenso, porém Roberval foi vendido para outro fazendeiro, o que deixou Benjy muito deprê. Mas, a fossa fez com que Ben resolvesse abrir o jogo. Não aguentando mais viver no armário, Benjy teve uma difícil conversa com sua família, contando sobre sua verdadeira sexualidade.

É claro que Ben não foi aceito por seus pais. A mãe se recusou a acreditar, dizendo ser apenas uma fase. O pai teve uma reação mais violenta: deu uma surra de facão no filho e o obrigou a sair de casa. E foi assim que Ben passou a viver excluído e marginalizado.

Ben passou a morar nas ruas, usar drogas e frequentar inferninhos gays, até que um boi pastor evangélico o ajudou a sair daquela vida. O tirou das ruas, o colocou numa clínica que seria especializada em cura gay, e depois de sair, já pleno e renovado, o ajudou a conseguir um novo lar, numa fazenda na Irlanda, com uma recomendação de que Benjy seria um “touro reprodutor cabra macho sim senhor”.

Na Irlanda, Ben não teve vida fácil. Foi acolhido para ser o touro reprodutor de lá, e teve como obrigação principal passar o rodo nas gatinhas vaquinhas. Mas Ben não tinha nascido pra essas coisas. Sentia falta da vida feliz que levava no pampa ao lado de Roberval, mas não tinha para onde ir e tentou aceitar aquela vida por um tempo. Todavia, seus impulsos sexuais eram mais fortes, e Ben não conseguia se controlar quando ficava junto dos outros bois, chegando a ficar excitado.

É claro que o dono da fazenda percebeu isso, e até tentou curá-lo. Contratou vacas prostitutas para seduzi-lo, um terapeuta especializado em cura gay e chegou a chamar um exorcista pra, segundo um cavalo que não quis se identificar, “tirar o demônio do corpo do animal”, mas foi tudo em vão. O touro reprodutor não conseguiu reproduzir e o fazendeiro tomou uma difícil decisão: sacrificá-lo. Benjy será mandado para um frigorífico e virará bife à milanesa.

Como se explica a homossexualidade em animais?


Resultado de imagem para homossexualidade em animaisCientistas afirmam que a homossexualidade em animais é mais comum do que se imagina. Bichos, como leões, hienas, girafas e gaivotas já demonstraram ter certas tendências. Os cientistas chegam a afirmar que em certos casos, os pares gays têm mais sucesso na criação dos filhotes do que os pares héteros. É o que ocorre com as fêmeas do albatroz-de-laysan e com os cisnes negros australianos machos. Segundo a geneticista Simon Levay, "embora o comportamento homossexual seja muito comum no mundo animal, parece ser muito incomum que os animais tenham uma predisposição de longa duração para se engajar em tal comportamento à exclusão das atividades heterossexuais. Assim, uma orientação homossexual, se é que se pode falar de tal coisa nos animais, parece ser uma raridade". Mas, algumas espécies, como os carneiros, podem desenvolver um comportamento homossexual para a vida toda. Estudos científicos mostraram que cerca de 8% de carneiros machos formam pares de machos e nunca mais tem contato com fêmeas. No caso bovino, os bois são castrados e nem praticam atividade sexual, mas as vacas consideradas "lésbicas" por receberem hormônio masculino são utilizadas para a inseminação artificial.

Isto até foi usado como um argumento contra a alegação de que é um peccatum contra naturam (pecado contra a natureza), como ocorreu na decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos no julgamento Lawrence versus Texas, que derrubou as leis contra a sodomia de 14 estados daquele país.

Mas, não importando a sexualidade do touro, o seu destino final seria o abate. Os touros da raça charolês estão entre os preferidos dos fazendeiros que comercializam carne bovina, e no Brasil, é usado para cruzamentos para formar raças mestiças, como o Canchim e o Purunã. Porém, o abate de Benjy foi antecipado por ele ser homossexual. E é por isso que nós finalizamos esse post com um apelo:

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