quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Freira dá a luz na Itália



Gravidez inesperada é mais comum do que se imagina. Funciona assim: a mulher, depois de mais uma noite de amor com seu marido/namorado/peguete/sei-lá-o-quê, continua vivendo sua vida normalmente, sem notar nenhuma diferença em seu corpo (principalmente na barriga, que continua a mesma de sempre), até que num belo dia, ela sente uma louca dor de barriga, vai para o hospital e chegando lá, se depara com uma grande surpresa: está grávida e o rebento vai nascer a qualquer momento.

Para uma mulher comum, isso é motivo de surpresa, alegria e gozação. Mas e para uma freira? Aí a coisa muda de figura.

Essa história foi revelada recentemente, e a freira, que é de El-Salvador, tem 31 anos, vive num convento em Campomoro (Itália) e não teve o seu nome divulgado, está virando manchetes de jornais do mundo inteiro. 

O bebê, um menino, recebeu o nome de Francesco em homenagem ao Papa, mas a gravidez não foi nada milagrosa. Irmã Ermínia, a madre superiora do convento, revelou que a mocinha curtia quebrar as regras do celibato de vez em quando: “Parecia não ser capaz de resistir às tentações”. As outras freiras também ficaram surpresas, e o bispo local, segundo o jornal Telegraph, disse que ela devia tomar prumo na vida e largar o hábito pra cuidar da criança.

Ainda segundo a imprensa, a freira-mãe teme que sua reputação seja detonada pelo povo e que sua família fique contra ela. O convento disse que vai apoiar a freira até ela decidir o que fazer da vida.

Como ela emprenhou?


Se não foi um milagre divino, então a freira deu uma fugidinha, certo? Mas como, se num convento só tem mulheres justamente para impedir esse tipo de coisa?

Saiu nos jornais que ela pode ter emprenhado durante uma visita à sua terrinha natal no ano passado, quando ao rever a galera, reencontrou um ex-namorado, e aí... Bom, não é preciso entrar nos detalhes, mas essa versão pode não ser verdadeira. Só a freira sabe quem é o verdadeiro pai de Francesco.

Vocação x Tentação



Ser freira não é nada fácil. Viver num convento, isolada do mundo com um bando de freiras desconhecidas, sem nenhum homem por perto, rezando o tempo todo, acordar antes do galo cantar e fazer várias tarefas é para poucas. E com todas essas privações, é claro que algumas “vontadezinhas” surgem, afinal são mulheres de carne e osso, e às vezes, a carne é fraca.

Mas, quando é muito difícil para elas conter o fogo, entra um dilema em suas cabeças: “Eu fiz a escolha certa? Será que o ideal para mim não seria viver fora do convento, largar a vida religiosa? Mas eu amo ser freira, também não conseguiria viver feliz longe daqui...”. Algumas tomam uma atitude e desistem, mas outras – como esta freira – não o fazem, e vivem uma vida dupla, o que não é nada saudável.

É por isso que tantos católicos são ferrenhos defensores da extinção do celibato. Para eles, um homem e uma mulher podem ser padres ou freiras e ao mesmo tempo ter uma família, afinal Deus ordenou a Adão e Eva que eles crescessem e se multiplicassem. O fim do celibato foi um dos argumentos que Martinho Lutero usou em suas 95 teses pela reforma da Igreja Católica, e como ele não foi atendido e ainda foi excomungado, isso provocou o surgimento das igrejas protestantes, que se espalharam pelo mundo com pastores e pastoras que se casam e tem filhos sem nenhuma interferência e condenação da sociedade.

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