segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Fluminense e Vasco caíram pra segundona... Trolle os dois times com a gente!




Não deu pro Vascão e pro Fluzão... Os dois times do Rio, que já decidiram um Campeonato Brasileiro (1989 - Vasco campeão) agora amargam a Série B. Mas esses não são os únicos times rivais que foram rebaixados de uma vez: em 2007, Bahia e Vitória caíram juntinhos para a Terceira Divisão. Hoje, estes dois clubes estão na Série A.
Aliás, foi contra o próprio Bahia que o Fluminense jogou, necessitando urgentemente de uma vitória e de um tropeço dos rivais Vasco e Coritiba. O Flu venceu o Bahia por 2 x 1, o Vasco estava perdendo quando o jogo terminou, mas não adiantou nada: o Coritiba derrotou o São Paulo por 1 x 0 e se garantiu na primeirona, obrigando o Nense a pagar a Série B que ficou devendo.
E o Vasco? Jogando contra o Atlético - PR, que lutava por uma vaguinha na Libertadores depois de perder a final da Copa do Brasil pro Flamengo, viu a partida ser interrompida por uma hora depois das brigas entre vascaínos e atleticanos. O presidente do clube Roberto Dinamite queria arregar cancelar o jogo, pra ver se adiava o inevitável, mas não adiantou. O jogo voltou, e o Furacão, que já estava vencendo por 1 x 0, levou um gol, mas ampliou sua vantagem, goleando o cruz-maltino por 5 x 1.

Mas que história é essa de Pague Série B?


Essa historinha maluca começou em 1997. O Fluminense e Bragantino, os dois últimos colocados do ano anterior, deveriam disputar a Série B, mas em vez disso a CBF aumentou o número de participantes para 26, incluindo o campeão e o vice da Série B de 1996, (União São João e América-RN), sem que nenhuma equipe fosse rebaixada. O Caso Ivens Mendes, que estourou pouco antes do início do campeonato, foi utilizado como pretexto para a mudança no regulamento.
Este caso foi denunciado no dia 7 de Maio de 1997, quando o Jornal Nacional da TV Globo divulgou gravações de telefonemas que desvendariam um esquema de corrupção dentro da CBF, supostamente envolvendo venda de resultados de jogos de futebol e financiamento de campanhas políticas. O pivô do caso foi Ivens Mendes, que era desde 1988 presidente da CONAF (Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol), órgão encarregado de escalar árbitros para as competições de futebol organizadas pela CBF.
Numa das gravações, uma voz, identificada como a de Mendes, pedia 25 mil reais, supostamente ao presidente do Atlético/PR, Mario Celso Petraglia, e ainda insinuava que o seu clube poderia ser beneficiado pela arbitragem no jogo contra o Vasco pela Copa do Brasil. A partida foi realizada no dia 3 de Abril de 1997, em Curitiba, e o Atlético/PR ganhou por 3 a 1, tendo o árbitro Oscar Roberto de Godói expulsado o atacante Edmundo, do Vasco.
Em outra gravação, a mesma voz pedia ajuda financeira ao presidente do Corinthians, Alberto Dualib, o qual teria inclusive mencionado "um, zero, zero" (cem mil reais) como valor a ser pago.
Nos dois casos, o dinheiro seria utilizado na campanha de Ivens Mendes a Deputado Federal em 1998, por Minas Gerais. No dia seguinte, Ivens Mendes pediu afastamento de seu cargo na CONAF, declarando-se inocente no caso, mas alegando que sua família estava sofrendo ameaças.
O STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva) baniu Ivens Mendes do futebol. Os dirigentes Mário Celso Petraglia (Atlético/PR) e Alberto Dualib (Corinthians) foram impedidos de representar seus clubes perante a CBF, mas a decisão não afetou a participação dos mesmos nas respectivas diretorias. O Atlético/PR foi formalmente "suspenso por um ano", mas não deixou de participar de nenhuma competição em função disso. Apenas começou o Campeonato Brasileiro de 1997 com 5 pontos negativos, como punição por sua participação no caso. Além de cancelar o rebaixamento do Fluminense e do Bragantino.
Mas, no caso do Fluminense, a decisão da CBF apenas adiou o rebaixamento, já que o clube voltou a ficar entre os últimos em 1997, desta vez sem apelação. Já o Bragantino escapou do rebaixamento na última rodada, ao ser derrotado por 7 a 0 pelo Internacional, já que ao mesmo tempo o Bahia empatou com o Juventude e ficou com a última vaga para a Série B.
E em 1998, o Fluminense caiu pra terceirona, até que em 1999, venceu a série B. A CBF resolveu mudar umas coisinhas de nada no regulamento, que beneficiou o Botafogo e ferrou com a vida do Gama. quando mudou o critério para o rebaixamento à Série B em 1999. Antes era a média dos pontos obtidos no campeonato atual e no anterior. Seriam rebaixados os clubes com as 4 menores médias. Mas, como o número de jogos na primeira fase baixou de 23 para 21 entre 1998 e 1999, era necessário fazer uma média ponderada entre as duas pontuações. A fórmula definida pela CBF para a média de pontos (MP) era:

MP = ( (P98/23) + (P99/21) ) / 2, sendo P98 a pontuação em 1998 e P99 a pontuação em 1999.

No caso de Gama e Botafogo/SP, que não disputaram o Campeonato de 1998 (já que haviam subido da Série B), a fórmula se reduzia a:

MP = P99/21

De acordo com os resultados de campo (isto é, não considerada a decisão do STJD de retirar os pontos do São Paulo nos jogos contra Botafogo e Internacional devido a problemas com o jogador Sandro Hiroshi), as médias de pontos dos clubes não classificados à Fase Final teriam sido (da menor para a maior):

Botafogo/SP: 1,000
Juventude: 1,089
Paraná: 1,093
Botafogo: 1,178
Internacional: 1,219
Gama: 1,238

Porém, com a decisão do STJD, as menores médias ficaram assim:

Botafogo/SP: 1,000
Juventude: 1,089
Paraná: 1,093
Gama: 1,238
Botafogo: 1,249
Internacional: 1,267

Ou seja: o Botafogo escapou do rebaixamento e o Gama/DF juntou-se a Botafogo/SP, Juventude e Paraná como rebaixado à Série B em 2000.

O clube do Distrito Federal não aceitou a decisão do tribunal e recorreu à Justiça Comum. As disputas judiciais estenderam-se por meses e a CBF viu-se impedida de comandar o Campeonato Brasileiro de 2000. Ao final, o Clube dos 13 assumiu a organização do certame, que teve o nome de Copa João Havelange, com a participação de 116 clubes divididos em 4 módulos.

Além disso, o Clube dos 13 compôs o módulo azul com o Fluminense e o Bahia, que disputariam a Série B daquele ano, assim como o Juventude, rebaixado em 1999 e o América/MG, que fora rebaixado em 1998, e o módulo amarelo com times da séries B e C para descaracterizar as divisões do ano anterior, evitando o conflito de decisões entre o STJD e a Justiça comum.

Mais tarde, o Gama, que terminou em 26º lugar no campeonato, desistiu de dar prosseguimento ao processo. A FIFA, que havia banido o Gama (impedindo qualquer outro clube de disputar jogos oficiais contra o time brasiliense), também voltou atrás em sua decisão. Finalmente, a CBF ratificou oficialmente a Copa João Havelange como o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2000.

Resumindo, o Fluminense pulou da Série C pra Série A sem passar pela Série B! Daí a origem do movimento!

Ok, ok... Vamos às trollagens montagens!


O rebaixamento desses dois grandes clubes cariocas me inspirou a compor duas melodias...

E também curta essa linda história de solidariedade entre torcedores rivais...







Pra fechar, espero que as duas equipes tomem juízo e se reestruturem para voltar de vez pra primeira
divisão. Mas, também aguardo ansiosamente o desfile que Sérgio Mallandro prometeu fazer de fio dental por Copacabana... rs!

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