O Brasil só tem um representante na Fórmula 1: Felipe Massa. E ele não vem conseguindo honrar a pátria que já gerou campeões como Emerson Fitipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, embora tenha tentado (e muito). Mas todos os revezes do brasileiro seriam apenas falta de sorte, falta de estrela ou falta de talento mesmo? O Besteiras Bestificantes tenta explicar.
Breve Histórico
Felipe passou pela Fórmula Chevrolet, Fórmula Renault, Fórmula 3 e Fórmula 3000 antes de chegar à Fórmula 1, em 2002. Ele foi contratado pela Ferrari, mas foi emprestado à Sauber naquele ano. No ano seguinte, não tinha vaga pro brasileiro, então ele ficou sendo piloto de testes até surgir outra vaga pela Sauber, ficando lá mais dois anos. Até que Rubens Barrichello anunciou sua saída da Ferrari e Felipe ficou com a vaga.
Pela equipe italiana, Felipe conquistou um terceiro lugar no mundial de pilotos (2006) e um vice-campeonato (2008). Venceu 11 corridas, fez 17 pole-positions e ficou 36 vezes no pódio. Ele ficou na Ferrari até o ano passado, quando não teve o contrato renovado. Aí, Felipe recebeu o convite da Williams, onde está neste ano, e já está garantido, juntamente com o companheiro de equipe Valteri Bottas, para o ano que vem.
Azares na Ferrari
O seu primeiro ano pela Ferrari mostrava que Felipe Massa teria uma carreira promissora: no dia 27 de agosto venceu sua primeira corrida na categoria, no Grande Prêmio da Turquia e no final do campeonato, ficou em terceiro lugar. No ano seguinte, ele se saiu melhor: venceu três corridas e chegou três vezes em 2º e três vezes em 3º, mas na última, no Brasil, ele estava ganhando, porém a equipe lhe mandou que desse seu lugar para Kimi Raikkonen, pois com essa vitória, o finlandês seria campeão. Assim aconteceu, e Felipe terminou a temporada em 4º.
Mas o ano de 2008 parecia ser dele. Parecia. Por quê? Porque naquele ano, Felipe estava fantástico, mesmo tendo abandonado as duas primeiras corridas (Austrália e Malásia), venceu as do Bahrein, Turquia, Mônaco, França, Europa e Bélgica, mas diversos fatores o atrapalharam.
- No GP da Hungria, Felipe liderava, até que seu motor deu pití e o brasileiro teve que abandonar.
- Em Mônaco, Felipe fez a pole, mas rodou e perdeu a liderança para Robert Kubica. Apostando em chuva até o final do GP, a Ferrari programou apenas uma parada para o brasileiro. Entretanto, a chuva parou, o asfalto secou e Massa foi obrigado a fazer um pit stop além do que fora previsto. Acabou a corrida em 3º lugar.
- No GP da Cingapura de 2008, a Ferrari cometeu um erro grotesco e bizarro. No pit stop, a um dos mecânicos simplesmente esqueceu de tirar a mangueira de combustível antes do carro do Felipe sair.
E como esquecer a última corrida, em Interlagos? Felipe liderou de ponta a ponta, e para vencer o campeonato, precisava apenas que Hamilton chegasse em sexto. Felipe cruzou a linha de chegada em primeiro e como campeão do mundo. Mas a corrida ainda não tinha acabado, e na última volta, no último instante, o carro de Timo Glock, que estava em 5º, começou a pegar fogo e Lewis Hamilton o ultrapassou, vencendo o Mundial de Pilotos por apenas 1 ponto.
Até mesmo o tal escândalo “Cingapura Gate” afetou, segundo o próprio, no resultado daquele campeonato. Naquela ocasião, o chefe de escuderia da Renault, Flavio Briatore, e Pat Symonds ordenaram que Nelsinho Piquet batesse em um local do circuito onde seria necessário a entrada do safety car para remover seu carro, favorecendo assim seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, que venceu aquela corrida. Naquela corrida, Felipe Massa ficou em 13º, não ganhando nenhum ponto.
No ano seguinte, Felipe só conseguiu um terceiro lugar na Alemanha. Depois, nos treinos classificatórios para o GP da Hungria, uma mola se soltou do carro de Rubens Barrichello e acertou a cabeça do Felipe Massa, fazendo com que ele desmaiasse e batesse com o carro no muro de proteção. O brasileiro ficou nove dias internado Hospital Militar de Budapeste, onde foram diagnosticadas fraturas no crânio e uma pequena lesão cerebral. O piloto teve de passar por uma cirurgia e chegou a ficar em coma induzido e respirando com a ajuda de aparelhos. Felipe conseguiu se recuperar, mas só voltou a competir no ano seguinte.
A temporada 2010 também prometia para o brasileiro. No Grande Prêmio do Bahrein, ele chegou em 2º, na Austrália, Felipe conseguiu mais um pódio chegando na terceira colocação e chegou a assumir a liderança do mundial após chegar em 7º no Grande Prêmio da Malásia. Morreu aí. Depois, só veio desgraças:
Na China, mais especificamente na 23ª volta, o safety car entrou na pista após um acidente, Massa ia à frente para o boxe, mas uma manobra de Fernando Alonso na entrada dos boxes provocou uma ultrapassagem que gerou críticas e um clima tenso na equipe. Felipe terminou a corrida em nono e Alonso em 4º.
Na Alemanha, houve mais um daqueles joguinhos de equipe que a Ferrari costuma fazer: Massa tinha assumido a ponta na largada e liderado a maior parte da prova, mas Alonso ficou buzinando no ouvido dos técnicos que ele era mais rápido, que ele devia ganhar essa corrida senão perderia o campeonato, blá blá blá, a equipe caiu na pilha e pediu a Felipe que cedesse a posição. Como manda quem pode, obedece quem tem juízo, Felipe deixou Alonso passar e vencer a prova. O ocorrido gerou muitas críticas, já que o regulamento proíbe "ordens de equipe que interfiram no resultado da corrida", e a Ferrari foi multada em US$ 100 mil, além de o caso ter sido encaminhado ao Conselho Mundial da FIA, mas não deu em nada.
Em 2011, Felipe teve um ano apagado: não conseguiu nenhum pódio, enquanto via o companheiro de equipe, Fernando Alonso, brilhar. Em 2012, ele estava ainda pior e corria o risco de ser chutado da escuderia, mas depois da pausa tradicional do meio do ano, Felipe se recuperou e conseguiu um segundo lugar no Japão. Mas a Ferrari o ferrou mais uma vez: No GP da Coreia Massa foi 4°, pois foi impedido de atacar seu companheiro Alonso que brigava pelo título. Na estreia da corrida de Austin na F1, Massa iria largar na frente de seu companheiro, mas a Ferrari, pensando num jogo de equipe, modificou o câmbio. Com isso, o piloto foi punido e perdeu 5 posições no grid. Na corrida ele foi 4°. E no Brasil, Felipe Massa terminou em 3°, após deixar Fernando Alonso passar para assumir a segunda posição.
Não foi à toa que o Pânico o apelidou de Felipe Passa.
- ¡Yo quiero passar, Felipito!
Atualmente...
Na Williams, sua vida não está sendo muito diferente. Veja algumas provas da zica que paira sobre o piloto brazuca:
GP da AUSTRÁLIA: Toda a ansiedade sobre como iria se sair Felipe Massa na Williams foi frustrada na primeira curva: Massa largou em nono lugar, mas acabou sendo atropelado pela Caterham de Kamui Kobayashi. Seria um aviso de que 2014 não é o ano dele? Vejamos...
GP da MALÁSIA: Depois de sobreviver à primeira volta do GP da Malásia, Massa precisava sobreviver também às ordens da equipe. O brasileiro ficou na frente de Valtteri Bottas na fase decisiva da prova, e a Williams não hesitou em pedir-lhe para deixar o companheiro passar Mas desta vez, Felipe era o primeiro piloto, tinha moral, deveria ser respeitado... Então, ele disse NÃO! E terminou em sétimo, na frente do finlandês. Será que isso iria se repetir?
GP do BAHREIN: Normal, Felipe começou em 7º, na largada passou para 3º, mas desperdiçou a chance que teve e cruzou a linha de chegada do mesmo jeito que largou, em sétimo. Azar ele não teve, será que foi o talento que faltou?
GP da CHINA: Logo na largada, Massa e Alonso, seu algoz na Ferrari, tocaram-se, num incidente que não fez muita diferença, mas desta vez, a vilã foi a Williams. Na 11ª volta, um erro da equipe inglesa estragou a prova de Massa. A roda não era fixada, o piloto brasileiro perdeu tempo no box, e acabou em 15º. E ainda viu seu companheiro de equipe Bottas pontuar, em 7º.
GP da ESPANHA: Nessa corrida, não teve nada demais. Massa largou em nono lugar, não conseguiu pontuar e foi apenas o 11º colocado, além de ver Bottas chegar em 5º.
GP de MÔNACO: Nesta corrida, o azar começou no treino: Durante a primeira qualificação, Massa deu passagem ao estreante Marcus Ericsson (Caterham), mas o sueco atrapalhou-se, bateu na Williams e acabou com o treino de Massa, que teve que largar em 16º e fazer uma corrida de recuperação até chegar em 7º.
GP do CANADÁ: Quando não é na primeira volta, é na última: Felipe Massa estava conseguindo um dos seus melhores desempenhos em muito tempo, no Canadá, num GP bem eletrizante. Até a última volta. Numa manobra que deixa dúvidas sobre a quem atribuir responsabilidades, Massa bateu em Sergio Pérez e acabou com os dois carros. Fim da linha pros dois. E Felipe ficou culpando o mexicano por mais um revés.
GP da ÁUSTRIA: Esse GP prometia: o filho dele, Felipinho, assistiu aos treinos classificatórios e lhe deu um bonequinho do Neymar. Que diferença isso fez? Nenhuma, só uma pole-position, coisa que Felipe não conseguia desde 2008, antes do rebento nascer. Na corrida, tudo parecia continuar bem, manteve a liderança, mas a estratégia da Williams mais uma vez ferrou tudo, beneficiando o segundo piloto, Bottas, que chegou ao pódio, em terceiro lugar, e Massa veio logo atrás, em 4º.
GP da INGLATERRA: A corrida número 200 de sua carreira começou como ela sempre foi: mal. Nos treinos, deu tudo errado, Massa largou muito atrás e, por isso, acabou por não escapando de mais um azar. Kimi Raikkonen perdeu o controle de sua Ferrari e bateu. Massa, que vinha atrás, não evitou a batida e tentou continuar na prova. Mas não deu. E assim, Felipe teve que abandonar mais uma corrida.
GP da ALEMANHA: Outra vez uma largada desastrosa. Mas desta vez, o outro piloto envolvido foi o estreante Kevin Magnussen, da McLaren. O carro do sueco atingiu em cheio a Williams do brasileiro, fazendo com que ele capotasse.
GP da HUNGRIA: Raridade nesta temporada: corrida em que Felipe Massa foi bem! O brasileiro largou em sexto e terminou em quinto, à frente de Kimi Raikkonen, sem cometer um erro, sem ser tocado por ninguém, e sem nenhum erro de estratégia da Williams. Pena que isso não acontece sempre.
GP da BÉLGICA: Massa estava indo bem, mas ele teve que parar de novo, trocou o pneu e começou a andar mais devagar, até que ele parou pra fazer um pit-stop pra tirar uma sujeira do carro (um pedaço de kevlar do pneu do Hamilton ficou preso no assoalho do FW36) e depois da limpeza, estava se saindo melhor, mas ficou em 7º, com Bottas em 3º.
GP da ITÁLIA: Corrida especial para Felipe, e rara também, já que ele largou em 4º e chegou em 3º, conseguindo o seu primeiro pódio pela Williams! Até agora, o único.
GP da CINGAPURA: Felipe Massa não estava com um carro bacana, não estava tão bem quanto os líderes Hamilton, Vettel, Ricciardo, Alonso, e fez o que pôde, conduzindo a Williams ao quinto lugar.
GP da JAPÃO: A chuva forte dificultou bastante a vida dos pilotos, e com Massa não foi diferente, ficando em sétimo até a prova ser interrompida. Mas essa corrida ficou e ficará marcada mesmo é pela tragédia que ocorreu com o francês Jules Bianchi, da Marussia, que bateu num carro de segurança e está até agora internado em coma e com poucas chances de sair dessa sem sequelas. Detalhe: Bianchi é amigão de Felipe Massa.
GP da RÚSSIA: E a sina se repetiu... Massa não foi muito bem nos treinos e na corrida não conseguiu nada além de um 11º lugar. Explicação: "Minha corrida neste domingo foi prejudicada pelo tráfego de carros e isso me impediu de somar pontos". Mas o tráfego não impediu seu companheiro de equipe Valtteri Bottas de chegar em 3º, somando mais que o dobro de pontos do primeiro piloto da Williams (145 x 71).
Tanto é que já se especula que, no ano que vem, Bottas será praticamente o primeiro piloto oficial da equipe inglesa, disputando pelo título, enquanto Massa será apenas um “orientador”, dando dicas para que o jovem finlandês de 25 anos arrase com a concorrência.
Dureza, não? Depois dessa análise de algumas corridas cagadas da carreira do Felipe e desta temporada atual, o que exerce mais influência na dificuldade do piloto em se dar bem na F1?
A equipe: A Sauber nunca foi lá grande coisa, não poderia ajudar o Felipe a galgar posições mais altas na F1. Embora Ayrton Senna tenha feito milagres e pontuado em corridas numa equipe igualmente capenga, a Toleman. Mas nenhum piloto que está aí é digno de ser comparado ao lendário Senna, então esse fator não conta. Mas quando esteve na melhor equipe da década (passada), a Ferrari, não conseguiu nada que preste, além de um terceiro lugar em 2006, um vice em 2008 (que poderia ter sido campeão se a Ferrari não tivesse feito tanta burrada), fora os tradicionais jogos de equipe que sempre prejudicavam o brasileiro, beneficiando Raikkonen e Alonso. Na Williams, não está sendo diferente. Embora ele, Bottas e o resto do pessoal estejam conseguindo reerguer a equipe inglesa, alguns erros de estratégia e ordens ainda insistem em prejudicar o brasileiro, beneficiando o jovem Bottas.
Porcentagem de influência: 25%
O companheiro de equipe: Na Sauber, seu companheiro inicialmente era Nick Heidfeld, que na temporada 2002, conseguiu a melhor colocação da equipe: um quarto lugar. No ano seguinte, Massa foi substituído por Heinz-Harald Frentzen, que era o melhor piloto que a Sauber já teve. Mas ele não consegue repetir o seu bom desempenho e Felipe retorna. Ele passa a ter a companhia de Giancarlo Fisichella, piloto que havia vencido o GP do Brasil de 2003. Os dois formaram uma boa dupla e conquistaram 34 pontos, com “Fisico” tendo 22 e Massa 12. O bom desempenho de Fisichella o leva para a Renault e em seu lugar entra Jacques Villeneuve, filho do grande Giles Villeneuve, e campeão da temporada de 1997. Os dois entraram em conflito, mas desta vez, o brasileiro levou vantagem. Na Ferrari, Massa começou como segundo piloto, com o supercampeão Michael Schumacher de companheiro de equipe. Os dois ficaram juntinhos até Schumi se aposentar e Massa herdar o posto de primeiro piloto e ter o finlandês Kimi Raikkonen como companheiro de equipe. Em 2007, Raikkonen só ganhou depois que a Ferrari mandou Massa dar passagem para ele. Em 2008, Raikkonen não foi muito bem, e viu Felipe ser quase-campeão. Até que ele saiu e entrou em seu lugar o exigente, ousado e decidido espanhol Fernando Alonso, que dizem ser melhor do que Michael Schumacher. Alonso logo se impôs e fez o brasileiro recolher sua juba e ficar pra escanteio, vendo o espanhol tentar repetidas vezes ser campeão e mandar sua equipe mandar o Felipe lhe dar passagem, pois ele era o cara e pronto. Aí Massa cansou e se mandou, apostando na superação da Williams. Ele era o primeiro piloto, deveria disputar todas as corridas, participar de todos os treinamentos, enfim, era a vez dele ser O cara. Mas não foi o que aconteceu. Outro finlandês atrapalhou a sua vida. Valtteri Bottas, 25 anos, está em sua segunda temporada pela Fórmula 1 e está vendo a sua estrela brilhar. Massa até tentou se impor um pouquinho, não dando passagem pro segundo piloto quando a equipe mandou, mas nem isso impediu Bottas de botar o Felipe pra escanteio outra vez. Aparentemente, ser companheiro de equipe de Felipe Massa dá muita sorte.
Porcentagem de influência: 15%
Talento: Está comprovado que Felipe Massa se esforça (e muito) pra fazer bonito nas pistas. Mas seus fracassos geram alguns questionamentos sobre a sua capacidade. Os mais exaltados dizem que “Felipe Massa não tem talento nenhum, consegue ser pior do que Rubinho”. Mas ele deve ter um pouco de talento sim, senão não estaria ganhando milhões num emprego que quase todos os garotos sonham. Talento é importante, mas deve vir acompanhado de muito trabalho duro, foco e disciplina. Fernando Alonso é um ótimo exemplo de piloto talentoso e disciplinado.
Porcentagem de influência: 5%
Os outros pilotos de sua geração: Alguns podem achar que Felipe Massa só não é o melhor porque ele tem que competir com Sebastian Vettel, Fernando Alonso, Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Kimi Raikkonen... De fato, quase todos esses pilotos já foram campeões de F1, sendo que Vettel já ganhou 4 vezes seguidas. Mas Massa já teve a sua chance, porém em 2008, o destino conspirou contra.
Porcentagem de influência: 2%
O que nos leva a crer que talvez Felipe careça de...
Estrela: Os pilotos citados são dotados de um diferencial que os torna imbatíveis para os mortais: Sorte de campeão. A sorte que Raikkonen teve ao, na corrida do Brasil em 2007, estar em segundo com o seu companheiro de equipe em 1º e todos os seus rivais pelo título liquidados. Sorte que Hamilton teve ao ultrapassar Timo Glock na hora certa e na posição certa. Sorte que Vettel teve em todas as 4 vezes em que disputou o título e ganhou, com uma equipe fantástica, um carro fantástico e nenhum rival para acompanhar.
Porcentagem de influência: 18%
Mas isso não vem sozinho! A falta de estrela vem acompanhada da...
Falta de sorte: Está comprovado que Felipe não nasceu virado pra lua. Até o pessoal da Ferrari e Bernie Ecclestone, chefão da F1, já admitiram essa possibilidade. Nas poucas corridas em que se deu bem, ele o fez depois de muito trabalho e sacrifício, mas essas corridas não o ajudaram a ser campeão. Já nas que se deu mal, o piloto tentou evitar seu fracasso, mas não conseguiu. Fora as ocasiões em que ele foi pego desprevenido, fazendo tudo virar de cabeça pra baixo.
Porcentagem de influência: 35%
Já listamos todos os fatores possíveis para os azares de Felipe Massa. Mas faltou apenas um, o mais controverso de todos...
Conspiração!
Dizem que foi uma conspiração europeia que tirou a vida de Ayrton Senna, afinal (segundo os teóricos), como poderia um brasileiro ser o melhor piloto da F1, sendo que nosso país não tem nenhuma indústria automobilística própria e (na época) fazia parte do Terceiro Mundo? Os outros pilotos que vieram depois nunca conseguiram ganhar um campeonato. Os melhores que surgiram foram os mais criticados por aqui. Rubinho Barrichello e Felipe Massa ficaram conhecidos por sempre darem passagem ao companheiro de equipe e ficarem em segundo, além de serem muito azarados. Mas será que isso é culpa só deles? Os conspiracionalistas dizem que NÃO, tem toda uma combinação por trás, uns velhos europeus (reptilianos ou Illuminatis, a depender da teoria adotada) combinam quem vai vencer qual corrida, em qual posição cada piloto vai ficar, e quem vai ficar na F1. Ainda segundo os teóricos, Senna se recusou a participar desses esquemas e foi morto por isso. Os outros brasileiros tiveram que se vender ao sistema para não serem mortos também, e os milhões de salário são o pagamento por seus silêncios.
Mas isso faz sentido? Será que Felipe Massa reverterá o jogo, procurará uma benzedeira, desmanchará o ebó, desenterrará o sapo, encontrará uma nova cueca da sorte e ganhará o seu primeiro título na F1? Não se sabe. Aguardemos o ano que vem, já que nesse ano ele não tem mais chances.