sábado, 27 de julho de 2013

"Carrossel" terminou ontem. Relembre todas as versões da novelinha!


A novela infantil "Carrossel" terminou ontem e já está deixando saudades em seus pequenos fãs. Obviamente, os saudosistas de plantão vão dizer que a versão mexicana era melhor, blá blá blá... Mas você sabe quando foi ao ar a primeiríssima versão da novela?
Errou quem disse 1989. Na verdade,  a história da professorinha gente boa que consegue domar os terríveis alunos do terceiro ano surgiu de um livro, o "Cuentos de Jacinta Pichimahuida", que é uma recompilação das histórias escritas nos anos 40 pelo argentino Abel Santa Cruz, e foram publicadas originalmente na revista argentina "Patoruzú". Seus contos e personagens foram livremente inspirados em sua infância, nos anos 1920, em Caballito, bairro de Buenos Aires. A professorinha Jacinta realmente existiu, mas seu sobrenome foi modificado.
O livro fez tanto sucesso que até ganhou a primeira adaptação para os meios de comunicação eletrônicos em 1964, na forma de uma radionovela na Argentina, virando depois também uma telenovela ("Jacinta Pichimahuida, la Maestra que no se Olvida" em 1966) e um seriado de TV ("Señorita Maestra" em 1983). A trama também foi para o cinema, em dois filmes, o primeiro em 1974 chamado "Jacinta Pichimahuida, la maestra que no se olvida" e o segundo em 1977 chamado "Jacinta Pichimahuida se Enamora". Entre os anos de 1975 e 1976, os personagens de Abel Santa Cruz apareceram em histórias em quadrinhos, que foram incluídas em uma revista argentina, que anteriormente também publicava fotonovelas em preto e branco, com as histórias da professora e seus alunos. 

Nas versões argentinas, o uniforme era um jaleco branco, as famosas "blancas palomitas" Esta é a versão de 1982, "Señorita Maestra".

 Em 1989 a Televisa produziu a telenovela que todos nós conhecemos e admiramos: "Carrusel", que foi a primeira versão mexicana, que teve a maioria dos nomes modificados: professora "Jacinta"  se tornou "Jimena" no México, e "Helena" na dublagem feita para o Brasil, a patricinha "Etelvina Baldasarre" se tornou "Maria Joaquina Villaseñor", a espevitada "Meche Ferreyra" se tornou "Valéria Ferreira", "Palmiro Cavallasca" virou "Jaime Palilo" e "Cirilo" teve seu sobrenome "Tamayo" modificado para "Rivera". Os únicos que mantiveram os mesmos nomes originais argentinos na versão mexicana de 1989 e também na versão brasileira foram "Bibi", "Carmem" e "Kokimoto".
CURIOSIDADE: A versão mexicana de 1989, "Carrusel", fez um grande sucesso na Coreia, sendo conhecida inclusive pelo título de "Coro de Anjos", e devido a esse fato quando o livro "Cuentos de Jacinta Pichimahuida" foi lançado no país traduzido para coreano, os personagens foram ilustrados com as mesmas roupas e características da novela de 1989.
Aproveitando-se do enorme sucesso da versão de 1989, em 1992 foi feita a  continuação "Carrusel de las Américas", que era praticamente idêntica a versão anterior, só que com os nomes dos personagens e os atores alterados, menos Jimena/Helena.

Já nas  duas primeiras versões mexicanas, o uniforme era azul

 Em 2002 foi gravada "¡Vivan los niños!", também da Televisa. Os nomes de todos os personagens e até o da escola (que passou a ser Pátria Unida) mudaram. Também foram adicionadas histórias novas: Paulo Guerra, que passou a se chamar Damião Barros, teve leucemia. Mário Ayala, que nesta versão era Guillermo "Memo" Sánchez tinha uma avó podre de rica que queria tomá-lo do pai. E Helena, que passou a se chamar Lupita, ainda se envolvia com Alonso Gallardo, rico fazendeiro viúvo que tinha uma filha pentelha chamada Miranda.

Já o uniforme da versão de 2002 era amarelo com calça ou saia azul. Aliás, bem parecido...

...com a roupa do Chico Bento! Será que ele também estuda na Pátria Unida???

 Em tempo!
Aqui temos uma imagem com alguns atores dessa versão dez anos depois! A Poliana emagreceu bastante. Já a Miranda...
As três versões mexicanas foram todas exibidas pelo canal SBT, e a partir de 2012, a emissora de Silvio Santos também produziu sua própria versão, com os mesmos nomes da versão mexicana que todos conhecem. Só que o nome "Carrossel", nessa novela, é uma referência à banda criada pelos próprios alunos da Professora Helena, cujo nome foi sugerido pelo personagem Jaime que dizia que seu pai trabalhava com carros e o céu representava amor e união (carro + céu), que também sonorizava o brinquedo Carrossel. Apenas o sobrenome do Jorge mudou ( de "Del Salto" para "Cavalieri"). Aproveitando o gancho dos personagens Cirilo e Laura, que eram importunados por Paulo e Kokimoto, a autora Íris Abravanel resolveu focar na questão do bullying. E foram adicionados pela própria autora da telenovela os personagens  cadeirantes Tom (João Lucas Takaki) filho de Glória (Tereza Villela Xavier), professora de inglês dos alunos e Nina(Bruna Carvalho), homenageando os bonecos símbolos do Teleton, Tom e Nina.

O uniforme da nossa versão lembra um pouco o de 2002, só que o azul foi substituído pelo cinza, e possui maior variedade de combinações.
A nossa versão fez tanto sucesso que vai virar musical e até desenho animado ("Patrulha Salvadora", sem data oficial de estreia). Ou seja, os fãs logo vão poder matar a saudade.

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